“É tão necessário cultivar a esperança como conservar a fé. Essas virtudes se entrelaçam como o ar e o perfume; se completam como o corpo e a alma. Só combate pela defesa de um ideal o homem que tem esperança, esperança nos destinos sagrados de sua gleba, esperança que a semente que plantou hoje crescerá amanhã, transformando-se em farta messe, e frutificará depois como um trigal, em ouro que alimenta”.
(1948)
“Durante quase cinco séculos viveu o Brasil – de costas voltadas para o interior – desprezando três quartos do seu território, troçando os habitantes das cidades dos tabaréus, dos matutos, do Jeca, dos sertanejos e do gaúcho de bombachas. Toda e qualquer tentativa de estabelecimento de núcleos de educação superior em cidades que não capitais era seguida de tenaz crítica, argüía-se falta de mestres, de condições. Por todos esses motivos, o ensino universitário teimara em ser privilégio de ricos ou, ao menos, daqueles que haviam tido a felicidade de nascer em uma capital”.
(1961)
“Para combater as trevas nada é melhor do que acender uma luz. E a universidade de Santa Maria ai está vitoriosa, ninguém poderá mais destruí-la, como um foco brilhante de luz a iluminar o caminho de nossa Pátria no sentido da democracia, a única compatível com a dignidade do homem.”
(1962)
“A universidade pública nos países do terceiro mundo é fundamental para permitir o acesso de pessoas que, de outra forma não poderiam estudar e, também, para a formação de consciências críticas que nos levem a uma civilização melhor.”
(1969)
“O grau de progresso de um povo é avaliado pela percentagem de suas rendas investidas com a educação.”
(1973)
“Sempre defendemos que a educação é o melhor caminho para o desenvolvimento, ou seja, para a autonomia que o Brasil aspira desde o tempo dos inconfidentes.”
(1977)
“A universidade está aí. O desafio foi feito. Não havia outro caminho a ser seguido. Ela foi criada nas melhores condições possíveis. Se isso veio no tempo certo ou não, não me cabe julgar. O fato é que eu pude realizar aquilo que havia sonhado.”
(1985)
“As lutas foram muitas até chegarmos à criação da universidade em 1960. Tempos fáceis nunca existiram e sim tempos pioneiros de muita luta e de muita fé.”
(1993)
“Não acreditamos em tempos mais fáceis, mas em trabalho árduo, muita dedicação e fé no futuro. No início da universidade éramos tachado de louco por querer estabelecer em Santa Maria, com menos condições na época que muitas cidades do interior do estado. Sem trabalhar três turnos ininterruptamente, desde que chegamos a Santa Maria em 1937, não teríamos conseguido o que conseguimos”.
(1994)
“Achamos que o fato de não termos partido político durante toda a nossa gestão no movimento pela interiorização do ensino superior foi fundamental. Nosso partido era a universidade. Assim líderes de diversos partidos nos apoiaram.
(1997)