A cada dia chegam mais e mais notícias de casos de peste suína africana na China, segundo relatório da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). Já foram identificados 120 focos da doença e mais de 1 milhão de animais já sacrificados e abatidos e outros 150 milhões a caminho do mesmo destino, a produção pode cair até 30% no país até 2020.
Com isso o mercado brasileiro projeta aumento nas exportações de carne suína e de frango para a China. De acordo com a da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o crescimento esperado mesmo sem a peste suína era de 3 %. Com o agravamento da situação a projeção subiu para 20% . Em abril, as exportações brasileiras de carne suína aumentaram 44,3% em volume ante igual período de 2018, para 58,1 mil toneladas, especialmente para destino como China e Hong Kong.
A Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs) lamenta a situação que vivem os suinocultores chineses mas também aposta em uma maior abertura de mercado para o produtor brasileiro já que os países afetados estão a procura do produto no mercado mundial. “Esse volume vem trazendo benefícios. Os preços se recuperaram significativamente nos últimos 30 dias. O setor está aquecido e é uma oportunidade de recuperação em relação ao ano passado que não foi favorável aos produtores”, destaca o presidente da entidade Valdecir Luis Folador.
A Acsurs também enfatiza que os produtores devem estar atentos para o cuidado nas granjas a fim de manter os padrões sanitários na suinocultura. Folador ressalta que alguns problemas isolados com peste suína clássica enfrentados recentemente no Piauí. Os animais foram abatidos e material colhido para análise, seguindo normativa do Mapa.
Fonte: ACSURS