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Finep apoia desenvolvimento de equipamento nacional de ressonância magnética nuclear



Foi apresentado nesta quarta-feira, 20/5, no CT2 da Coppe/UFRJ, o Specfit, primeiro equipamento comercial de ressonância magnética nuclear (RMN) totalmente brasileiro. Desenvolvido pela FIT – Fine Instrument Technology, a inovação é um dos destaques da recém-criada linha de pesquisa de RMN aplicada na exploração de petróleo do Laboratório de Tecnologia de Engenharia de Poços e Engenharia Mecânica da Coppe. O Specfit só precisa de um computador com o software instalado para funcionar e tem sido usado inicialmente para estimar o perfil de porosidade de rochas testemunhas em reservatórios. 
 
Na ocasião, foram realizados testes demonstrativos com diferentes amostras de biocombustível. “Com as medições do aparelho, é possível saber se o combustível está adulterado”, explicou Daniel Consalter, gerente de projetos da FIT. O novo equipamento também é capaz de medir a quantidade de açúcar em frutas, de flúor em pastas de dentes, de óleo e umidade em sementes, além de analisar as características do solo em áreas agrícolas, entre outros usos. “O Potencial de aplicação é infinito”, disse Maurício Arouca, coordenador do PPE (Programa de Planejamento Energético da Coppe). Segundo ele, pesou para a aquisição do Specfit pela universidade o fato de o aparelho ter sido desenvolvido integralmente no País: “Todo o suporte que precisarmos será dado por pessoas do Brasil. O acesso e o atendimento são bem mais simplificados”.
 
Silvia Azevedo, presidente da FIT, destacou que o projeto foi desenvolvido em São Carlos (SP), cidade conhecida como a capital da tecnologia. “Estamos muito orgulhosos de possibilitar a inclusão do Brasil em um seleto grupo de países que dominam esse conhecimento”, ressaltou, acrescentando que hoje essa tecnologia só está disponível em grandes empresas estrangeiras, como Siemens, GE e Samsung. Pela primeira vez no Brasil serão feitas, dentro de um laboratório, aplicações de ressonância para monitoramento e exploração de poços de petróleo. Atualmente, somente a francesa Schlumberger aplica essa técnica na área de exploração. Entretanto, com instrumentos dentro dos poços.
 
Aqui tem Finep 
 
Um experimento de ressonância é formado por um conjunto de equipamentos. Considerado o “cérebro” do Specfit, o espectrômetro digital é a grande inovação da FIT e contou com R$ 1,8 milhão da Finep em seu desenvolvimento. Batizado de Specfit Console, ele é responsável por controlar sinais e dados que formam um experimento, seja ele para imagens, espectroscopia ou relaxometria – técnicas de análises utilizando RMN. “É o console que comanda todo o equipamento. Ele é, sem dúvida, a parte mais importante”, disse Daniel Consalter. 
 
De acordo com o diretor de Inovação da Finep, Fernando Ribeiro, o financiamento à FIT exemplifica a variedade de instrumentos disponíveis na Finep, o que torna a financiadora capaz de apoiar toda a cadeia de inovação, além de proporcionar a integração entre empresas e universidades: “Um dos nossos objetivos principais é fazer com que esses agentes trabalhem juntos. E conseguimos fazer isso com o Specfit. Apoiamos o desenvolvimento do equipamento e agora ele está sendo usado por uma instituição de pesquisa”.
 
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