No dia 15 de maio de 2024, a comunidade das Vilas Urlândia e Santos se uniram ao grupo de pesquisa do Laboratório de Geologia Ambiental da UFSM na primeira oficina para elaboração do Plano Municipal de Redução de Riscos do município.
Após o início das chuvas intensas no Estado do Rio Grande do Sul, no dia 1 de maio de 2024, muitos moradores locais foram atingidos, tornando ainda mais clara a importância do projeto que está sendo realizado. Na região, foram verificados eventos de inundação, alagamento e erosões de margens fluviais, gerando grandes problemas para a comunidade, como perdas materiais e agravamento da situação de risco dos moradores.
Durante a execução do trabalho, a participação da comunidade enriqueceu as informações previamente levantadas pelos pesquisadores e apresentaram a sua visão acerca dos problemas observados, com a experiência de quem vive no local.
A oficina foi realizada na Escola Municipal de Ensino Fundamental São Carlos, na região norte do bairro Urlândia, onde os docentes do LAGEOLAM explicaram o significado do PMRR e sua importância e qual o objetivo da oficina com a comunidade. Foram também apresentados conceitos como inundação, alagamentos e erosões de margem. Os participantes se organizaram em grupos e com a ajuda dos docentes e bolsistas identificaram suas residências e caracterizaram os problemas que enfrentaram nas ruas, pátios e moradias, observando o local do bairro, e a altura que a água atingiu.
Além de relatar a gravidade das ocorrências atuais, a comunidade também informou sobre os problemas que já haviam ocorrido no local, proporcionando uma cronologia dos eventos, que são recorrentes.
Durante a atividade, a comunidade demonstrou notável conhecimento sobre onde vivem e os eventos que presenciam, entendendo de forma particular as dinâmicas fluviais que ali ocorrem.
A execução da oficina deu suporte para os trabalho de campo realizados logo após, nos dias 16 e 17 de maio, onde os pesquisadores percorreram as Vilas Urlândia e Santos, observando presencialmente os fatos relatados pela comunidade. Os mapas elaborados com o auxílio da população serviram de instrumento para os dias de campo, já que ali foram anotados os limites das inundações e alagamentos demarcados pelos moradores.