Impermanência # 1 (2017-2020), de Andréia Oliveira, com design de áudio de Luiz Augusto Alvim, com apoio do LabInter, é uma vídeo-performance em que um corpo repete movimentos de se alongar verticalmente e se atirar no chão, durante 3:38, sendo que essa experiência vai se alterando com a passagem do tempo. O corpo é visto como um agregado, como um composto que informação, matéria e energia que está sempre se transformando, e não como uma substância que permanece a mesma. Há uma junção/mistura de algo que vai se amplificando em uma experiência temporal cíclica em três momentos distintos. Primeiro momento: a impermanência de corpos que habitam a dualidade da existência. Há dois momentos distintos separados: o de estar em pé e o de cair em uma sequência temporal. Segundo momento: a impermanência do tempo que coexiste em diferentes conjugações verbais corporais. Há a coexistência de dois momentos distintos sobrepostos: o de cair e se manter em pé ao mesmo tempo em um paradoxo temporal. Terceiro momento: a impermanência que diluí todos os corpos compostos. Há momentos diluídos: não se sustenta nem o manter em pé, nem o cair em uma atemporalidade. A experiência é cíclica em um eterno retorno nietzscheniano.
Andréia Oliveira
Vídeo-projeção
Duração: 03:38
Ano: 2017-2020
Design de áudio: Luiz Augusto Alvim
Formato de áudio: 24 bits, 48kHz, stereo