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Quantum Echoes of Humanity

Projeto Conjunto entre Renzo Filinich, Mikyle Fourie e Jean François Retief & LabInter (Andreia Oliveira, Daniel Seitenfus, Leonardo Prietto, Everton Santos, Matheus Moreno, Thais da Rosa)- Escola de Artes Digitais/Universidade Wits e Centro de Artes/Universidade Federal de Santa Maria.

Ecos Quânticos da Humanidade (Quantum Echoes of Humanity), reflete que a tecnologia não é neutra, não é simplesmente uma forma de transmitir informações a serviço da humanidade, é mais do que isso, a tecnologia forma seu próprio ser e com ela uma nova linguagem tecnológica.

Simulação de onda/partícula de fenda dupla

A obra surge através de uma visão estética/científica e processa imagens de metadados através do fenômeno quântico e do acervo antropológico do Centro de Origens inserido em cada partícula.


Ativação do algoritmo

Essas imagens são apresentadas e processadas ao interagir com o visualizador (mediapipe). Cada imagem é exibida em intervalos de 30 segundos em uma tela. Aqui, tentamos investigar a consciência e os modos de conhecimento por meio de dados quantificáveis.

Machine learning a partir de perspectivas locais

O projeto utiliza a biblioteca Python StyleGan2 para processar um conjunto de metadados contendo arquivos antropológicos da África Austral, gerando uma série única de imagens construídas por IA.

Imaginação algorítmica + Criatividade das máquinas

A obra é dedicada às conexões conceituais e estéticas entre Arte e Ciência e Pós-humanismo. Em sua interpretação do pós-humanismo, há o entendimento de que os humanos e a natureza são produtos material-discursivos de uma rede tecnocientífica formada por atores humanos e não humanos.

Interdisciplinar + Colaborativo

Com o entendimento de que a arte e a tecnologia continuam a experimentar uma reaproximação histórica (em rápida escalada), mas também com o entendimento de que nossa compreensão da arte e da tecnologia tende a ser limitada pelo rigor científico e pelo pensamento calculista de um lado, ou tende a mudar ao extremo do lírico: o objetivo desta obra é fornecer um olhar reflexivo para os artistas, humanistas, cientistas e engenheiros a considerar esses desenvolvimentos da perspectiva mais ampla que merecem, mantendo o foco no que deve ser o núcleo emergente deste tópico que é a relação entre arte, tecnologia e ciência: o estado da arte em mecatrônica e computação hoje é tal que agora podemos começar a falar confortavelmente da máquina como artista, E podemos começar a esperar, também, que uma sensibilidade estética por parte da máquina possa ajudar a gerar uma agência de máquinas inteligente, mais amigável e responsiva em geral.

Ecologias Híbridas

Ecos Quânticos da Humanidade oferece um encontro poderoso e afetivo entre materiais de arquivo e imaginação maquínica, apresentando um repensar ousado das relações entre humanos, máquinas e a crise ecológica. Suas qualidades performativas e interativas nos convidam a nos envolver com a natureza recursiva e generativa do trabalho, desafiando nossa compreensão convencional de propriedade, trabalho e eu.

Texto curatorial da Dra. Bettina Malcomess, Wits School of Arts

O corpo de trabalho de Renzo Filinich & LabInter responde à urgência da crise ecológica como uma crise de imaginação. Este trabalho surge de uma colaboração transatlântica contínua entre colegas no Brasil e na África do Sul, abrindo novas epistemologias do sul global. A imagem algorítmica do trabalho e a sonificação da coleção antropológica do Origins Centre se afastam do foco na representação para incorporar uma colisão de sistemas de conhecimento. O trabalho fala da ideia de Sylvia Wynter do humano como uma forma múltipla e complexa de ser relacional, inseparável da linguagem, narrativa e contexto. O Antropoceno nomeia uma crise não apenas do futuro planetário, mas uma crise de saber, ou não saber, descentralizando o humano para fazer perguntas sobre o não-humano e o mais-que-humano.

Este trabalho generativo abre possibilidades para um encontro performativo e afetivo entre o arquivo e uma imaginação maquínica, que vai além das lógicas de propriedade, trabalho e posse. O algoritmo funciona com software de reconhecimento facial, mas cria possibilidades de recursão e até mesmo reconhecimento incorreto, desfazendo a lógica da vigilância e os códigos raciais e de gênero que assombram os modelos computacionais. Trata-se de uma espécie de onda quântica da imaginação maquínica, produzindo um palimpsesto e uma colisão cíclica de partículas, que geram um ritmo sonoro e visual por meio de feedback. Aqui, a reflexividade não significa ver a si mesmo, mas a multiplicação e a amplificação como o eu como um local de mediação. O trabalho convida a visualização interativa do público, abrindo espaço para múltiplas modulações que nunca produzem a mesma imagem duas vezes.

Essas imagens, chamadas de “artefatos cosmotécnicos”, pretendem refletir as narrativas diversas e complexas do Sul Global, desafiando os paradigmas tecnológicos dominantes e reimaginando-os através de uma lente do Sul. Por meio da análise qualitativa do feedback do espectador, examinamos como a integração da imaginação algorítmica e dos dados antropológicos africanos pode promover novos entendimentos de identidade, história e memória cultural. Este estudo não apenas contribui para o discurso sobre o papel da IA na arte, mas também enfatiza a importância de uma perspectiva do Sul Global no desenvolvimento e interpretação das tecnologias digitais.

Ecos Quânticos da Humanidade abrem-nos as possibilidades de observarmos a noção de práticas híbridas e de interactividade como categorias específicas para qualificar aquelas operações artísticas baseadas em sistemas computacionais cuja forma é determinada pela intervenção do utilizador ou por sinais do ambiente. E deixa de ser apenas ou exclusivamente um objeto a ser contemplado, a obra torna-se um espaço aberto de encontro e participação que toma forma e evolui graças à relação de troca mútua com todos aqueles que a acessam, bem como às relações e práticas que surgem dentro de um laboratório.

A natureza interativa da peça convida os espectadores a uma experiência em constante mudança, onde os processos algorítmicos produzem saídas visuais e sonoras únicas a cada encontro. Usando software de reconhecimento facial de forma não convencional, o projeto introduz reconhecimento incorreto e recursão, desfazendo lógicas de vigilância e interrompendo códigos raciais e de gênero inerentes aos modelos computacionais. Esse uso subversivo da tecnologia critica suas associações comuns com controle, vigilância e conformidade, oferecendo, em vez disso, uma reflexão sobre a multiplicidade e fluidez da identidade. Desse modo, emerge uma experiência estético-artística em que a categoria de relação assume um valor estrutural a ser investigado em suas condições de possibilidade e suas implicações, a partir do diálogo com aqueles projetos que, abandonando o efeito artificial das perspectivas, simulativas e espetaculares, tornam-se eles próprios uma fonte inesgotável do possível.

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