Apresentamos a obra CosmicAncestry, produção audiovisual colaborativa em processo, fruto da parceria “Sul Global” consolidada entre pesquisadores e artistas do Brasil e da África do Sul. Nesta perspectiva, desenvolvem-se diálogos e práticas artísticas transdisciplinares com olhos direcionados para nossa ancestralidade cósmica. Através de um processo criativo colaborativo que reúne e entrecruza múltiplos compartilhamentos, dos territórios e culturas, dos participantes e suas cidades. Ao voltar-se para a expansão dos formatos expositivos, com obras audiovisuais que podem ser apresentadas em arranjos variados de imagens efêmeras, fomenta-se e se propaga experiências abertas e participativas, para repensar nossos modos de habitar e viver em sociedade. Assim, CosmicAncestry é experimentada, inicialmente, como uma videoarte imersiva em ambiente fulldome, acompanhada de performance sonora ao vivo. Atualmente está sendo reconfigurada para outros formatos, como: vídeo 360° para óculos de Realidade Virtual e ambientes imersivos interativos no metaverso. Tais possibilidades de formatos de exibição vislumbram que sua exibição pode participar em mais mostras e eventos de arte, nacionais e internacionais.
Frames de CosmicAncestry – Versão 2023. É uma obra audiovisual que tem 1480x1480pixels de resolução. Um videoarte com 9’50” minutos de duração.
Link do vídeo: https://youtu.be/5_rrROnG4tg?si=ucpaIeiFZlzzpK-Ihttps://youtu.be/5_rrROnG4tg
Registros fotográficos CosmicAncestry, na exibição EFEMERA + UVM.
Fonte: Calixto Bento.
PROGRAMAÇÃO EFEMERA + UVM: https://www.ufsm.br/app/uploads/sites/368/2023/11/ABCiber2023_EFEMERA-UVM.pdf
Cosmic Ancestry é desenvolvida a partir de diálogos periódicos trocados via videoconferência e conteúdos compartilhados em um drive virtual coletivo, que fica disponível para edição e remixagem. A edição é desenvolvida com práticas computacionais, produzindo imagens digitais que são resultantes deste entrecruzamento. Esta versão da obra, representa uma etapa experimental deste trabalho em processo, organizado neste momento numa narrativa efêmera, representando a busca por uma diversidade de nossa ancestralidade cósmica, a partir das relações humanas, com nosso planeta, e como compreendemos o universo.
Esta narrativa audiovisual, parte do fogo, da fogueira que se impõe como fonte de energia vital, nos estabelecendo enquanto sociedade, lançando suas fagulhas em direção ao céu infinito. Direcionando nosso olhar as luzes e astros que compõem conglomerados entre o escuro inquietante, pode simbolizar entidades ou divindades, nos permitindo crer em algo que possa reger nossas vidas. Árvores enraizadas ao terreno natural, também nos estendemos aos céus, criando símbolos, riscando pedras e caminhos, constituindo grafismos e tribos. Impulsionados por fontes de vida, pela água e eletricidade que nos laçam além dos territórios, atravessa-se barreiras físicas ou continentes. Compondo, geometrias que nos guiam, mapas, tecnologias analógicas e digitais. Conectando modos de olhar, humanos e não-humanos, evidencia-se nossas conexões ancestrais.
Neste contexto, este projeto poético se constitui como um sistema colaborativo aberto, de processamento de informações e imagens, que seguira se desdobrando em arranjos variados e composições mutantes, entrelaçando linguagens e culturas. Visando novos formatos expositivos que possam contagiar estruturas, evoca-se outras compreensões sobre o vivo, sugerindo novos habitats e modos de convivência.
Atualmente visamos experimentar este em ambientes virtuais no Metaverso, e, posteriormente, pretendemos enviar esta proposta também para exibição em outras mostras audiovisuais nacionais e internacionais. Como audiovisuais expandidos para fulldome, video mapping ou imersivos em 360° para óculos de Realidade Virtual, como metacartografia de ambientes e territórios no metaverso, e outros formatos.