DNA afetivo Kamê e Kanhru: prática artística colaborativa em comunidade Kaingáng
Autora: Kalinka Mallmann
DNA Afetivo kamê e kanhru diz respeito a uma pesquisa em poéticas visuais, envolvendo práticas artísticas colaborativas em comunidade a partir da ativação dos modos específicos de organização social da cultura indígena kaingáng por meio de uma rede de trocas, conectividade e afetos. Dessa forma, busca-se aproximar da produção artística e crítica, que investiga esses modos singulares de se fazer e de se pensar em arte, abordando as especificidades desses fazeres e suas metodologias. Sendo assim, se utiliza das contribuições de Grant H. Kester e Pablo Helguera, para problematizar a colaboração na arte contemporânea e correlacionar essas práticas com o conceito de arte socialmente engajada. Do mesmo modo, referencia-se à produção teórica de Antonio Lafuente, que proporciona meditarmos em torno desses processos colaborativos emergentes e da produção do comum. As ações em arte do projeto proposto foram realizadas em território kaingáng, na comunidade Terra do Guarita, no noroeste do estado do RS, a partir de laboratórios de criação audiovisual. Essas atividades fomentam as questões do local e o protagonismo da comunidade diante um processo artístico aberto e em fluxo dinâmico. Também realizou-se uma ação em web arte que permitiu pensarmos na conectividade existente nesses processos colaborativos. Nessa acepção utiliza-se das reflexões de Roy Ascott, dentre outras referências teóricas concernentes ao âmbito da arte e tecnologia. Essa dissertação vem a compreender que as práticas artísticas colaborativas em comunidades são concebidas e se constituem de forma específica. Além de serem guiadas por um senso ético, empático e solidário, atribuindo sentido em “estar juntos” como potência transformadora.
Ar/Fogo/Terra/Água – Um Mergulho Temporal em Videoperformance
Autora: Indira Zuhaira Richter Pohl
Gamearte com interação assimétrica: Thanatophobia
Autor: Cassio Lemos
A presente dissertação em poéticas visuais aborda a produção da gamearte “Thanatophobia”, desenvolvida no Programa de Pós-graduação em Artes Visuais/UFSM, na linha de pesquisa em Arte e Tecnologia, que consiste em um jogo artístico realizado em realidade mista. A gamearte se aproxima de características comuns aos jogos, porém sustenta-se por meio de sua poética. Apresenta elementos para interação em um ambiente virtual, bem como utiliza interfaces físicas, estabelecendo assim uma interação assimétrica. Tal conceito de interação assimétrica, apontado nesta pesquisa, diz respeito a participação entre diversos interatores em ambientes tecnológicos distintos, cada um agindo de forma específica de acordo com cada interface, contudo explorando o mesmo ambiente virtual e ações compartilhadas. O tema da gamearte “Thanatophobia” é o terror, sendo recorrente em diversas obras artísticas. Aqui, o terror possui forte ligação com a imersão dos interatores em um ambiente hostil, suscitando diferentes sensações, sendo o medo a principal. A fim de estabelecer tais conexões entre jogo, arte e terror, investiga-se os conceitos de jogos e gamearte, sua relação com o campo das artes, questões de interface e interatividade, bem como apresenta-se uma reflexão sobre interação assimétrica a partir do desenvolvimento da própria poética da gamearte “Thanatophobia”.
ReciproCidade: cães comunitários em redes associativas
Autora: Bárbara Pereira
A dissertação “ReciproCidade: Cães Comunitários em Redes Associativas”, elaborada na linha de pesquisa Arte e Tecnologia do Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da Universidade Federal de Santa Maria – PPGART/UFSM, trata da realização de propostas artísticas em intervenções urbanas voltadas à interação, entre humanos e não-humanos via objetos comunicacionais, partindo de abordagens acerca da Internet das Coisas e da Teoria Ator-Rede. Referindo a tais abordagens como comunicação de coisas físicas e digitais associadas à rede que, por meio de trocas de dados, tornam os objetos capazes de se comunicar. A temática desta dissertação problematiza o abandono presente no meio urbano, propondo por meio da rede, uma forma de conectar e comunicar o que de alguma maneira foi negligenciado, no que se refere aos cães comunitários da cidade de Santa Maria, RS. Neste sentido, foram realizados os trabalhos poéticos: “Abandonados”, instalação interativa em realidade aumentada, na qual foram utilizados dispositivos móveis para gerar trocas e fluxos informacionais e “ReciproCidade”, intervenções urbanas que, em uma primeira etapa, foram realizadas com uso de QR Codes adesivos e “lambes”, com o uso de realidade aumentada. Em uma segunda etapa, para o desdobramento em rede, foi criado, um blog/site onde estão inseridos os mapeamentos de cães comunitários como marcadores afetivos, mostrando suas relações com o entorno e a comunidade e, posteriormente, uma página pública no Facebook, que se refere às intervenções urbanas realizadas e às interações com a comunidade. Foi idealizado e executado o objeto comunicacional “Toca”, habitação para cães que vivem na rua. Como base teórica utilizou-se a Teoria Ator-Rede (TAR) que tem em Bruno Latour seu principal expoente, já que o estudo discorre sobre as relações entre humanos e não-humanos interagindo sem hierarquias e de forma híbrida, gerando associações em rede em determinado coletivo urbano.
A dissolução da paisagem: imagem, espaço e tempo na vídeo-instalação
Autor: Muriel Paraboni
Rede_em_rede: cartografias artísticas na produção do coletivo
Autora: Tatiane Guerche
Narrativas digitais audiovisuais: espaços e (co)relações de conhecimento em escolas do campo
Autor: Jean Oliver Linck
Outras formas de olhar: construção de imagens a partir da apreciação de filmes com audiodescrição
Autora: Fabiane Duarte
TRANSHABITAT: TOPOLOGIAS TRANSORGÂNICAS EM ARTE E TECNOLOGIA
Autor: Matheus Moreno
GAME OVER: O CORPO (EM) DELITO NA ARTE CONTEMPORÂNEA
Autor: Marcos Cichelero
Proposições ´[ir]regulares de imagemcorpo em instalações interativas
Autora: Vanessa Elicker
Pensamento computacional na educação básica: uma proposta metodológica com jogos e atividades lúdicas
Autor: Ricardo Radaelli Meira
Aplicativos em dispositivos móveis: uma proposta inovadora de lousa digital em formação de professores
Autora: Mara Regina Rosa Radaelli
A presente pesquisa intitulada Aplicativos em Dispositivos Móveis: Uma Proposta Inovadora de Lousa Digital na Formação de Professores , desenvolvida na linha de pesquisa, Desenvolvimento de Tecnologias Educacionais em Rede e na Área de Concentração, Tecnologias Educacionais em Rede para Inovação e Democratização da Educação no curso de mestrado em Tecnologias Educacionais em Rede, na UFSM, centra-se sobre o uso dos aplicativos em dispositivos móveis em sala de aula. Os dispositivos móveis aparecem como as tecnologias contemporâneas mais presentes no cotidiano, sendo utilizados para as mais diversas atividades e aplicadas à educação. Nesse enfoque, a pesquisa teve como objetivo investigar as possibilidades de uso, na educação, de aplicativos no tablet, inicialmente, em uma proposta metodológica de lousa interativa, com ênfase na interatividade, a partir de oficinas de formação para professores de diversas áreas de conhecimento que atuam no ensino médio, analisando as considerações, observações e opiniões destes professores quanto às possibilidades e uso desta proposta em práticas docentes em sala de aula. Posteriormente, trabalhou-se nas possibilidades de divulgação e distribuição das propostas desenvolvidas, utilizando o aplicativo CODATA. Classificada como pesquisa qualitativa, utilizou-se como procedimento metodológico a pesquisa-ação. Como produto final resultante da pesquisa, tem-se a proposta metodológica interativa de lousa a partir do tablet e seus aplicativos, apresentada nessa dissertação, bem como em tutorias online desenvolvidos ao longo da pesquisa. Constatou-se que esta proposta metodológica com o uso de aplicativos pode possibilitar contribuições para a formação dos professores e, consequentemente, para sua prática docente ao inserir a interatividade nos processos de ensino e de aprendizagem.
Educação musical interativa: recursos da musica visual para as tecnologias educacionais em rede
Autor: Jair dos Santos Gonçalves
Esta pesquisa tem como escopo a realização de estudos científicos, através dos quais, se possa refletir sobre objetos tecno-estéticos interativos e a produção dos mesmos a fim de explorar suas possibilidades de interdisciplinaridade para a área de Educação Musical, dentro de perspectivas da Arte Contemporânea e das Tecnologias Educacionais em Rede. Com caráter empírico/qualitativo, esta pesquisa dá continuidade às investigações realizadas junto à Orquestra Estudantil de uma escola pública no estado do Rio Grande do Sul. Visando uma contribuição interdisciplinar entre as áreas de Artes Visuais e Música, com mediação através das Tecnologias da Informação e Comunicação em Rede, busca-se proporcionar reflexões acerca da educação musical mediada pelas TIC. foram desenvolvidas propostas de produção de narrativas sonoras por meio de atividades de interpretação sonoro-musical, baseando-se em recursos imagéticos para as produções de Música Visual. A discussão de aspectos políticos e da utilização conscienciosa da Internet, tendo como procedimentos metodológicos atividades de apreciação de cenas musicais do cotidiano, também é uma das propostas desta pesquisa. O produto final desta pesquisa consiste na elaboração de metodologias para propostas didáticas em Educação Musical Interativa, com o desenvolvimento de Scripts de Música Visual e de uma composição com Música Visual Interativa, utilizando o estilo musical da Improvisação Livre.
Dispositivos móveis no ensino médio inovador: um estudo de controvérsias a partir da teoria ator-rede
Autora: Lissandra Boessio
A presente pesquisa parte da demanda de se pensar em uma nova metodologia de trabalho no Ensino Médio Inovador que dê conta das necessidades pedagógicas interdisciplinares, voltada para o uso das tecnologias em rede, motivado pela distribuição de dispositivos móveis (tablets) para os professores do ensino médio. Para efetivar tal proposta, realizou-se uma metodologia de trabalho utilizando os dispositivos móveis com os alunos do ensino médio da Escola Estadual de Educação Básica Dr. Paulo Devanier Lauda, na disciplina de Língua Portuguesa no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) Edmodo. Pretende-se instigar um posicionamento dos alunos como atores em rede a partir da apropriação dos dispositivos móveis, gerando interatividade, conectividade e colaboração para o desenvolvimento do conhecimento e outros modos de subjetivação. Neste sentido, desenvolveu-se atividades audiovisuais mediadas por tecnologias móveis, produzindo conhecimento ao ampliar o tempo e espaço em sala de aula; e pesquisou-se o Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) Edmodo, considerando suas potencialidades e limites. A fundamentação téorica que embasa essa pesquisa é a teoria ator-rede de Bruno Latour, pois entende-se que os atores humanos e não-humanos têm a mesma importância nos agenciamentos para produções de conhecimento, com delegações distintas, que formam híbridos modificando sujeitos. Adotou-se a metodologia da Cartografia de Controvérsias, constituída pelo mesmo autor, e o conceito de rizoma, de Gilles Deleuze e Felix Guattari, a fim de obter critérios de análise para observar e descrever os fenômenos que ocorrem ao longo dos agenciamentos surgidos nas práticas pedagógicas propostas. Como produto final dessa pesquisa, se propõe uma metodologia de trabalho, baseada na Teoria ator-rede, para o desenvolvimento de propostas pedagógicas audiovisuais via apropriação do AVA EDMODO e dos dispositivos móveis em rede, bem como para a aplicação de critérios de análise baseados em princípios rizomáticos.
Zonas de ações comunicacionais em arte e tecnologia – Zacat
Autora: Camila dos Santos
Esta pesquisa de poéticas sonoras e visuais consiste em uma investigação sobre práticas artísticas comunicacionais de caráter ativista. Primeiramente, com experimentações no ano de 2019, através de estratégias diversificadas e propostas para diferentes interlocutores, em diversos espaços da cidade de Santa Maria, Rio Grande do Sul – ruas, museus, galerias de arte, universidade, escola, redes sociais, espaço de ondas radiofônicas. Posteriormente, em decorrência do cenário mundial apresentado a partir de 2020, com a pandemia do vírus SARS-CoV-2, que causa a doença do Novo Coronavírus, a COVID-19, a poética sofre transformações significativas. Além das estratégias artísticas e comunicacionais passarem por mudanças de abordagem, o espaço anteriormente escolhido para a pesquisa – Santa Maria – desloca-se para o Clube Naturista Colina do Sol (CNCS), localizado no município de Taquara, também no Rio Grande do Sul. Ou seja, um lugar não urbanizado e de imersão com o ambiente silvestre o menos interferido pela ação humana. Para abordar a construção dessa pesquisa, são utilizados os estudos sobre metodologia da pesquisadora e artista Sandra Rey (1953). Como fundamentação teórica, faz-se referência à ideia de micropolítica, conceito que remete aos filósofos Michel Foucault (1926-1984) e Gilles Deleuze (1925-1995) e à crítica de arte Suely Rolnik (1948), sobretudo no que concerne o viés de cotidiano no contexto da pesquisa. Já as práticas artísticas ativistas são pautadas a partir de experiências de coletivos brasileiros dos anos 1990 para os dias de hoje, tal como são vistas sob olhar da historiografia a partir da década de 1950, com os filósofos autonomistas italianos como Giorgio Agamben (1942) e Franco Berardi (1949). Para embasar a noção de Arte e Comunicação, parte-se de autores como Mario Costa (1936), Fred Forest (1933), Christine Mello e Giselle Beiguelman. Já o conceito de dispositivo emerge da pesquisa teórica e é mediador das práticas artísticas, tendo como referência Agamben, Foucault, Vilém Flusser (1920-1991) e Gilbert Simondon (1924- 1989). Em suma, esta pesquisa de mestrado envolve desde performances, passando pelas instalações, pelos experimentos de áudio, vídeo e de interatividade presencial ou via redes virtuais, em busca de uma visibilidade das micropolíticas cotidianas, com suas memórias, afetos, impulsos de vida formalizados ou efêmeros em instantes de encontros.