Devir indica o caminho daquilo que está por vir, que se transforma ao longo de um percurso espaço temporal de apropriações, diálogos, confrontos, aberturas, indeterminações. Já seu plural – devires- abarca um universo maior de objetos, sistemas, seres e mutações. Em outras palavras, redere0se a processos transformacionais contínuos e descontínuos. E, unindo devires a técno e ao poético, fala-se a respeito de como percebemos a tecnologia e com ela nos constituímos, tal como são os seus atravessamentos em nossos cotidianos. Haveria, afinal, um fim poético das tecnologias vestidas pela necessidade do momento ou uma projeção sonhada de um futuro impenetrável? Assim, Devires TecnoPoéticos compartilha diferentes materialidades e registros (analógicos/digitais) que se cruzam em ambientes físicos e realidades virtuais, os quais compreendem diferentes velocidades de visualização e variados modos de percepção e deslocamento. Estamos, dessa maneira, falando de “varreduras” não só no sentido tecnológico, mas também em termos de percepção sensorial e memórias afetivas que se sobrepõem.