VAGABUNDOS DO INFINITO – GRUPO DE PESQUISA EM TEATRO
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Pesquisa
Histórias de terror, adaptadas de antigas histórias em quadrinho, que de forma poética falam de solidão, abandono, medo e morte ao retratar a experiência de pessoas que passam a noite em claro por algum motivo. Quatro pessoas completamente diferentes, situadas em universos completamente distintos compartilham de experiências angustiantes, aterrorizantes, por vezes poéticas e até mesmo cômicas vivenciadas a noite.
Release:
Trabalhando apenas com o essencial ao teatro, o espetáculo “Noites em Claro” busca a simplicidade e o espaço vazio para que seja livremente preenchido pela imaginação do espectador que é conduzido através do ator contador de histórias e sua arte. Isso é tudo.
Quatro histórias de terror, todas bastante poéticas, que falam de solidão, abandono, medo e morte, mas também de amor e de esperança. Em “Noites em Claro” elas são contadas e interpretadas de uma maneira que poderia ser feita em volta de uma fogueira, numa clareira qualquer, como possivelmente nos primórdios do teatro.
Com uma interpretação estilizada, inserida numa concepção cênica totalmente despojada, o trabalho esta fundamentado na preparação xamânica associada à teatral numa proposta inovadora.
Ficha Técnica:
Direção: Paulo Márcio
Elenco: Gabriela Amado, Graciane Pires, Leonel Henckes e Márcia Chiamulera
Iluminação: Paulo Márcio
Operação de Luz: Tiago Teles
Sonoplastia: Paulo Márcio
Figurino e Maquiagem: Vagabundos do Infinito
Fotografia: Francieli Rebelatto
Duração: 80’
Um espetáculo inspirado na animação “Waking Life” de R. Linklater e no trabalho do “Asdrúbal Trouxe o Trombone”. Nesta peça, o grupo “Vagabundos do Infinito” aborda uma das temáticas de sua pesquisa, a do “Sonhar” ou “sonhos lúcidos” de um modo bem humorado e irreverente, fazendo ainda uma reflexão sobre o fazer teatral.
Sinopse:
“Vida Acordada” conta a história de um grupo de teatro às voltas com seu cotidiano de ensaios e apresentações. Conflitos, crises e descobertas trazem reflexões sobre o fazer teatral. Tudo com muita irreverência e humor. Essa trupe está ora ensaiando, ora encenando um espetáculo que conta a história de um sujeito que encontra-se preso em seus sonhos. Quando pensa que acordou de um sonho descobre que ainda está sonhando. Nessas transições de um sonho a outro o sujeito torna-se lúcido, ou seja, tem a plena consciência de estar sonhando, porém não consegue acordar. Nesses sonhos, encontra diversas personagens que lhe falam direta ou indiretamente coisas bastante complexas sobre a vida e os próprios sonhos.
A peça mostra a trupe teatral dos “Vagabundos do Infinito” transitando entre seu cotidiano de representação e seu imaginário retratado nas apresentações e ensaios. Nas transições entre esses dois mundos o grupo acaba interpolando esses dois universos. A vida passa a ser examinada através do imaginário e do onírico, sob uma outra interpretação, que a torna interligada a esses mundos. Através da história do sujeito a trupe teatral navega por novas realidades ou novas formas de perceber a realidade. Sonha acordada, transformando a representação em vivência do mito, levando a consciência para o sonho e trazendo o sonho para a vida desperta transitando pelo imaginário.
O enredo de “Vida Acordada” propõe que rompamos os acordos que não fizemos e que nos mantém atrelados a uma interpretação banalizada da vida, e que busquemos novos acordos que nos permitam uma nova consciência, uma nova interpretação e novas experiências plenas de possibilidades.
HORLA
Horla é a história da lenta dissolução de um homem pela existência de um duplo. Este homem relata sua vampirização contínua através de um ser transparente, invisível aos seus sentidos que o escraviza em espaços instáveis que se tornam tempo. Utilizando elementos expressionistas na concepção estética, o espetáculo aposta no clima de terror psicológico construído pelas possibilidades expressivas do corpo e da voz do ator.
Release:
Numa atmosfera hesitante de terror pela presença de mundos e poderes insólitos, um homem é subitamente lançado no limiar do visível e do invisível. Uma sucessão de fatos inexplicáveis e inacreditáveis, o conduzem ao limite de uma loucura controlada onde descobre a existência de um ser invisível que o domina, o faz escravo e se alimenta de sua energia. Limitado por seus miseráveis sentidos, é incapaz de reagir ao profundo mistério do invisível que o cerca e sucumbe em um universo fantástico e paranóico.
Criado a partir da livre adaptação de contos de Guy de Maupassant, o espetáculo-solo HORLA possui uma estética que privilegia o corpo e a voz do ator como principais veículos expressivos. Com uma linguagem mágico-fantástica, o ator conduz o imaginário do público em uma tensão que evolui sutilmente e o envolve na trama a tal ponto que o invisível toma forma e a noção de realidade e irrealidade se dissolve numa reviravolta de incertezas. Assustador e angustiante, HORLA busca por meio de imagens sensitivas levar o espectador à uma experiência “real”, física.
Escolhido por seu caráter fantástico que cria um clima de incerteza quanto a realidade ou irrealidade de tudo. A temática da, comum às relações entre teatro e xamanismo, sintetiza o estado de instabilidade e crise experimentado pelo ator no acontecimento teatral. Deste choque de realidades, emerge uma “presença consciente” capaz de percorrer fluidamente o espaço/tempo.
O espetáculo foi criado através da montagem de estruturas de movimentos oriundas da aplicação de qualidades do movimento sobre “passes mágicos” e movimentos aprendidos em sonhos e compreende o resultado de dois anos de pesquisa e treinamento buscando a criação de uma poética de cena pautada nas potencialidades expressivas do organismo psicofísico do ator.
Deste confronto consigo mesmo, surgiu uma linguagem cuja dramaticidade está na manipulação da energia e da atenção do público que se torna um participante ativo daquele acontecimento. Elementos expressionistas e góticos são agregados à composição estética, criando um clima de horror e suspense psicológico.
Ficha Técnica:
Criação e atuação: Leonel Henckes
Direção Geral: Paulo Márcio
Texto: Adaptação dos contos “Horla” 1 e 2 e Carta de um Louco de Guy de Maupassant
Iluminação: Gabriela Amado
Sonoplastia: Graciane Pires
Figurino e Maquiagem: Micheli Daronch
Fotografia: Francieli Rebelatto
Duração: 50’
Uma mulher que sempre foi um exemplo de mãe e esposa se rebela contra os dispositivos que a aprisionam e descobre um novo mundo. Esta mulher que renunciou a própria vida por amor a família é agora uma foragida da polícia, que acaba por esconder-se num confessionário. É neste lugar sagrado que ela narra ao padre sua história que passa da submissão à luta pela liberdade e independência, esta é a Super Mãe.
Ficha Técnica:
Criação e atuação: Márcia Chiamulera
Direção Geral: Paulo Márcio
Texto: Adaptação do texto La Mamma Frichettona de Dario Fo e Franca Rame
Iluminação: Leonel Henckes
Sonoplastia: Graciane Pires
Figurino e Maquiagem: Gabriela Amado
Fotografia: Francieli Rebelatto
Duração: 50’
A personagem central, Alice, penetra em um mundo onírico, povoado por seres fantásticos, no qual as dimensões da realidade assumem novos parâmetros. A pequena Alice está imersa em um universo paradoxal e o desenrolar dos acontecimentos leva a menina à perda das diversas premissas que estabelecem sua identidade. O mundo cotidiano é transfigurado, surge então uma nova realidade, poética e sensível, remodelada a imagens de estados interiores. O espectador imerso em um universo imprevisivel, criado e recriado pela imaginação, é convidado à transcender a ilusão da realidade.
Ficha Técnica:
Criação e atuação: Gabriela Amado
Direção Geral: Paulo Márcio
Texto: Adaptação dos textos Alice Através do Espelho de Lewis Carol e Água VIva de Clarice Lispector
Iluminação: Pricila Genara
Trilha Sonora: Gabriela Amado e Lara de Bittencourt
Figurino: Gabrila Amado
Edição de Imagens: Tiago Brugnara
Elenco de Apoio: Leonel Henckes
Fotografia: Francieli Rebelatto
Duração: 80’
Escrita pelos italianos Dario Fo e Franca Rame, a peça “Temos Todas a Mesma História” discute de forma cômica a submissão feminina nas relações sociais e sentimentais, abordando assuntos como aborto, casamento e maternidade. No monólogo, a personagem encontra-se em situações limites que vão conduzindo-a aos mais engraçados acontecimentos, contando e vivendo suas experiências.
Ficha Técnica:
Criação e atuação: Graciane Pires
Direção Geral: Paulo Márcio
Texto: Adaptação do texto de Dario Fo e Franca Rame
Iluminação: Gabriela Amado
Sonoplastia: Márcia Chiamulera
Figurino e Maquiagem: Graciane Pires e Gabrila Amado
Elementos Cênicos: Raul Dotto Rosa
Fotografia: Francieli Rebelatto
Duração: 45’