O projeto visa viabilizar ações de extensão universitária em parceria com a EMATER-RS e IFFarroupilha. Tem-se objetivo viabilizar o grupo interinstitucional criado para refletir sobre a realidade social da juventude rural e da prática extensionista com este público na região Central do estado do Rio Grande do Sul. A migração dos jovens rurais para o meio urbano é percebida como causadora de uma série de efeitos perversos para o meio rural, tais como: envelhecimento e masculinização da população rural; quebra dos mecanismos de hereditariedade; falta de sucessores para as unidades de produção; erosão de conhecimentos sobre a etnobiodiversidade; concentração da terra, entre outros. Por outro lado, a juventude rural é vista como sujeito de mudança no campo, formadora de novos atores políticos, agente da manutenção e preservação do patrimônio da família rural, promotora de espaços de lazer, convívio e troca de experiências. Neste contexto, refletir sobre a situação de insegurança da agricultura familiar na região e as possibilidades de superação desta condição, em conjunto com os jovens rurais, extensionistas e agentes de desenvolvimento são os grandes motivadores deste projeto de extensão universitária..

Integrantes: Everton Lazzaretti Picolotto – Coordenador / Joel B. Marin – Integrante/ Marlova Garcia/  Ricardo Marian Tiherro  
Financiador(es): Fundo de Incentivo a Extensão – Bolsa.

Visa analisar as mudanças promovidas nas relações de trabalho rurais e na representação sindical dos trabalhadores rurais (agricultores familiares e assalariados rurais) a partir das reformas de orientação neoliberais, especialmente a Reforma Trabalhista e a lei da Terceirização, no pós-impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Os direitos trabalhistas e a sindicalização dos trabalhadores rurais foram regulamentados nos anos de 1960 e receberam maior aprimoramento nas décadas seguintes, notadamente com a Constituição de 1988. Nos anos 2000, ocorreu um processo de pluralização de organizações sindicais de agricultores familiares e de assalariados rurais e os direitos trabalhistas receberam maior atenção de agências do Estado. Com as reformas de cunho trabalhista e a redução dos órgãos do Estado que atuavam na fiscalização das relações de trabalho e promoviam políticas públicas para agricultores familiares e assalariados rurais o cenário tem se alterado e requer novos estudos para compreender as consequências de tais mudanças para os trabalhadores rurais e as organizações que fazem a sua representação.

Integrantes: Everton Lazzaretti Picolotto – Coordenador.

Financiador(es): Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – Bolsa.

A presente proposta de investigação visa analisar as mudanças na estrutura sindical dos trabalhadores rurais nas últimas décadas, marcadas pela emergência de novas identidades que lutam pelo reconhecimento de sua diversidade e pela constituição de formas próprias de representação. Desde os anos de 1980 têm ocorrido algumas experiências iniciais de organizações de assalariados e pequenos agricultores por fora dos canais sindicais estabelecidos. No entanto, foi nos primeiros anos do século XXI que ocorreu a formação de uma organização sindical própria de agricultores familiares que passou a competir com o sindicalismo da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e, mais recentemente, ocorreu a formação de uma Confederação Nacional de Assalariados Rurais (Contar), como representante exclusiva dos assalariados rurais. O projeto visa explorar estas mudanças recentes na representação dos trabalhadores do campo, os conflitos de posição gerados e as suas relações com o Estado.

Integrantes: Everton Lazzaretti Picolotto – Coordenador / Nadine G. Lermen – Integrante / Iolanda Araujo Ferreira dos Santos – Integrante / Mateus Lazzaretti – Integrante / Mikaela Fabiana Hübner/ Eduarda Trindade- Integrante/ Marconi Severo / Roselaine Piber.

Financiador(es): Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – Auxílio financeiro.