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NÚCLEO DE ESTUDOS FERROVIÁRIOS DO RIO GRANDE DO SUL

NÚCLEO DE ESTUDOS FERROVIÁRIOS DO RIO GRANDE DO SUL (NEFERS)

Pesquisa Em Atividade

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nefers@ufsm.br 55 3220 8449 Prédio:74 A Sala:2204

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Somente após 1945, em função do texto mais liberal da Carta de 1946, foram retomadas as iniciativas de formação de entidades representativas dos interesses desses trabalhadores, tanto no plano nacional quanto no regional.

Naquele momento, mesmo já contando com uma legislação bastante favorável aos anseios da categoria, os ferroviários continuaram a lutar por melhores condições de trabalho e especialmente salários compatíveis às suas necessidades de sobrevivência. Foi nesse ano que surgiu em Belo Horizonte a “União dos Ferroviários do Brasil” (UFB), primeira entidade de caráter nacional organizada e reconhecida pelo grupo profissional gaúcho.

Seguindo o exemplo da entidade nacional brasileira, os ferroviários do Rio Grande do Sul fundaram em Santa Maria no ano de 1952 a “União dos Ferroviários Gaúchos” (UFG), popularmente reconhecida como “a gauchinha”. Será essa entidade, no decorrer dos anos da década de 1950, o meio principal de interlocução dos trabalhadores ferroviários com as autoridades constituídas do governo do Rio Grande do Sul, no trato das questões de interesse da categoria.

Entre as muitas práticas/vivências laborais e sociais no meio ferroviário gaúcho, as ações mais significativas se deveram à Cooperativa de Consumo dos Empregados da Viação Férrea do Rio Grande do Sul Limitada (COOPFER). Entidade que foi durante sessenta anos, pelo menos, a maior referência de associativismo de sucesso entre as diversas categorias profissionais que formavam o proletariado gaúcho.

A sedimentação da experiência cooperativista foi resultado de um esforço coletivo de milhares de trabalhadores da Viação Férrea, começado ainda na época da Compagnie Auxiliaire. Seu auge aconteceu durante o período de administração estatal da rede ferroviária sul-rio-grandense, quando a opinião pública a reconheceu como um dos maiores empreendimentos de atendimento assistencial no contexto geral do mundo do trabalho operário sul-americano.

Com destaque às iniciativas de abastecimento de gêneros de primeiras necessidades às famílias ferroviárias, implantação de uma rede de escolas de formação básica, de alfabetização e ensino técnico, atendimento de saúde e demais medidas de apoio social ao seu imenso quadro de associados e dependentes.

Entre duzentos e trezentos ferroviários instalaram o SYNDICATO COOPERATIVISTA DOS EMPREGADOS DA VFRGS, em reunião realizada no salão do buffet da estação ferroviária de Santa Maria no dia 26 de outubro de 1913. O número de participantes era bastante expressivo, porque representava algo em torno de 15% da força de trabalho da VFRGS naquele momento.

Conforme a “Ata de Instalação”, por aclamação dos presentes no ato, foi designado para dirigir a sessão Luiz Wenceslau Barboza, que ao assumir a presidência convidou para secretariar os trabalhos Carlos Domingos Grivicich, tendo Edgard Paternot como adjunto.

 


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