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Núcleo de Estudos Arquitetura e Experimentações

NÚCLEO DE ESTUDOS ARQUITETURA E EXPERIMENTAÇÕES (NAIMEE)

Estudo Em Atividade

Contato:

josicler.alberton@ufsm.br Prédio:9F – Prédio curso Arquitetura

Projetos

Pesquisa

Com direção artística da muralista @rodriguesramanda, os murais foram concebidos dentro dos projetos de extensão (GAP/CT/FIEX) 059321 e 055702, coordenados pela Professora, Engenheira Civil Évelyn Paniz e pela Professora, Arquiteta e Urbanista Josicler Alberton.

Equipe:
Direção artística – Amanda Rodrigues.
Professoras e Coordenadoras – Évelyn Paniz e Josicler Alberton.
Bolsistas 2023 – Lauren Mello, Luana Moura e Maisa Gabrieli.
Voluntários do projeto – Ana Cristina Silva, Andressa Reis, Anthonio Gabriel Saraiva, Débora Loro, Elias Ramos, Julia Doto, Julia Pozebon, Liandra Souza, Luiz Miguel Cescon e Valentina Ceretta.

Os objetivos deste projeto de extensão (nº 59321)  são: a experimentação da Arquitetura no ambiente escolar, a divulgação da arquitetura e potencializar a vivência dos usuários no espaço que ocupam tendo como foco a qualidade do ambiente construído. Atentar a estas necessidades da comunidade escolar é uma ação muito potente se considerarmos os processos de democratização da universidade, e a necessidade de formar profissionais que fortaleçam sociedades mais justas. Por meio de ações que visam aproximar acadêmicos da comunidade escolar o objetivo, para além de qualificar o ambiente e divulgar a profissão, é escutar e aprender com as crianças e com a comunidade sobre Arquitetura a partir de seus pontos de vista, valorizando os processos de imaginação. Para desenvolver este projeto de extensão, será feito um estudo sobre a apropriação dos espaços, para verificar a ambientação dos usuários, e serão propostas intervenções de decoração, pintura e comunicação visual dos ambientes. Neste contexto de melhoria visual e do conforto, será feito um estudo e uma proposta para aplicação de um padrão de comunicação visual objetivando o incremento da percepção e da sensibilidade dos envolvidos, valorizando a experiência, a formação integral do sujeito e sua capacidade imaginativa.
Objetivos: Divulgar a profissão Arquiteto e Urbanista na escola; Aprender sobre Arquitetura do ponto de vista da comunidade escolar; Questionar o habitar visando o bem-estar/conforto de todos; Realizar estudos de apropriação de ambientes; Propor intervenções artísticas/visuais nos ambientes da escola; Desenvolver estudos para aplicação de um padrão de comunicação visual.
Justificativa: A indissociabilidade do Ensino, Pesquisa e Extensão, base conceitual da Universidade pública e gratuita no Brasil, está amparada na investigação como ação que sustenta a todos os processos de aprendizagem. Assim, a construção de conhecimento e de ciência, bem como o processo formativo, ocorre para além da sala de aula, no contato do graduando com a sociedade e suas demandas. Neste contexto, o contato do acadêmico de Arquitetura e Urbanismo com a comunidade escolar (pais, professores, funcionários, crianças. Etc.), no ambiente da escola, é muito profícuo porque permite aos sujeitos envolvidos uma compreensão mais ampla da profissão, da realidade e das demandas e desafios atuais. Para a comunidade escolar, projetos de extensão como este, também auxiliam na divulgação e democratização da profissão do arquiteto e urbanista, historicamente mais voltada as demandas da elite. Através de ações voltadas à compreensão dos ambientes da escola e a pequenas intervenções no espaço físico o objetivo é o bem-estar dos usuários.

O mote deste projeto de extensão (nº 055702) é a divulgação da Arquitetura no seu sentido mais amplo, democrático, como vestígio da presença do homem no mundo. Tal compreensão é muito potente se considerarmos os processos de democratização da universidade e a necessidade de formar profissionais que fortaleçam sociedades mais justas. No caso específico do curso de Arquitetura e Urbanismo, historicamente, o arquiteto e urbanista é conhecido como profissional das elites embora sua formação dentro das universidades esteja voltada para a concepção de espacializações que visam o bem-estar de todos, sem exceções. Através de ações que visam aproximar acadêmicos da comunidade escolar o objetivo, para além de divulgar a profissão é escutar, aprender com as crianças, ouvir o que a comunidade tem a falar sobre Arquitetura valorizando os processos de imaginação e tudo que aflora, naturalmente, no universo infantil. Para tanto, serão concebidas e aplicadas dinâmicas (oficinas, jogos, rodas de conversas, etc.) cujos temas principais, constitutivos da Arquitetura, é o habitar e o conforto ambiental. Visando o incremento da percepção e da sensibilidade dos envolvidos, valorizando a experiência, a formação integral do sujeito e sua capacidade imaginativa intenta-se contribuir para os processos de democratização e para a construção de conhecimentos na Arquitetura.
Objetivos
Divulgar a profissão Arquiteto e Urbanista na escola; Aprender sobre Arquitetura com a comunidade da escola; Problematizar o habitar visando o bem-estar/conforto de todos; Conceber dinâmicas (oficinas, cursos, jogos, etc.) voltadas à comunidade da escola tendo como foco às crianças.
Justificativa
5.1 Sobre uma palavra escrita com letra maiúscula: Arquitetura A palavra Arquitetura, no âmbito deste projeto, remete à vestígio do habitar, marca deixada pela presença humana no mundo (HEIDEGGER, 2015). A Arquitetura nesse sentido é democrática porque habitar e construir fazem parte da história do homem e do seu modo de ser/estar no mundo. É uma compreensão constituída em uma estreita relação com a vida humana que extrapola as instituições e diz respeito a todas sociedades, sem exceção. No Brasil o título profissional é Arquiteto e Urbanista e os cursos de graduação são chamados de Arquitetura e Urbanismo e face a essa realidade é importante enfatizar que a palavra Arquitetura engloba todas as linhas de conhecimentos trabalhadas na academia, a exemplo do urbanismo, do paisagismo, da arquitetura de interiores, entre outras. 5.2 Crise da profissão e os Processos de Democratização da Universidade Segundo Montaner e Muxí (2014) os perfis que se formam no âmbito das graduações em Arquitetura ainda estão voltados para setores mais favorecidos e o grande desafio atual das Universidades é formar profissionais que fortaleçam sociedades democráticas e mais justas. Tais autores citam dois modelos de universidade, um baseado nas demandas do neoliberalismo e na formação de elites e um outro que se estabelece dentro dos processos de democratização e acesso à educação. Considerando essas condições, como podemos transformar a Arquitetura em uma área mais popular e, ao mesmo tempo, vislumbrar possibilidades de atuação e sustento para os futuros arquitetos e urbanistas? Não há respostas prontas para esta pergunta e para outras tantas que nos assolam todos os dias, contudo, é preciso imergir nos lugares, movimentar contextos, duvidar do que esta posto, colaborar, incluir pessoas e experiências dentro dos processos de construção de conhecimento. As dúvidas, as incertezas, como escreve Paulo Freire (1996), não nos tornam ingênuos diante das crueldades do mundo, mas sim nos transformam em sujeitos mais críticos e dispostos para transformar os cenários que se apresentam a nós, no dia a dia. 5.3 Formação Integral do Sujeito Um dos grandes desafios educacionais, segundo Pedro Goergen (2016), é o de resistir aos processos de dissolução da unidade original do ser humano e esta segmentação resulta na “perda da referência humanamente estruturante do indivíduo consigo mesmo, com os outros e com o mundo” (p.62). Nessa perspectiva, Nadja Hermann (2010) enfatiza que a estética promove a valorização da pluralidade, da diversidade, do estranho que pode permitir à educação experiências diferenciadas e a desbloqueio do embrutecimento perceptivo que, muitas vezes, impede a aplicação de princípios éticos. A experiência estética coloca elementos novos para o sujeito e o convida à ousadia e à criação de si mesmo (RAJOBAC et al., 2016). É importante destacar que a estética em tal abordagem contemporânea não é apenas o estudo do belo e da arte, mas sim envolve todo sujeito, sua capacidade de apreender a realidade pelos canais da sensibilidade colocando em movimento a imaginação, a atividade criadora do ser humano, a cognição e imaginação dentro de uma reconstrução da integralidade (coerência identitária) pautada na dimensão racional, ética e estética. 5.4 Imaginação e Imaginário Na obra A Água e os Sonhos (2016) Gaston Bachelard ressalta que a imaginação não é a faculdade de formar imagens da realidade, mas sim é a capacidade de formar imagens que ultrapassam a realidade e que a antecedem. Em 1943, no livro O Ar e os Sonhos, completa tal definição enfatizando que a imaginação é também uma faculdade deformadora das imagens fornecidas pela percepção: “se não há mudança de imagens, união inesperada de imagens, não há imaginação, não há ação imaginante” (BACHELARD, 2001, p.1). Com essas definições, o filósofo reitera que o vocabulário fundamental que corresponde à imaginação é imaginário e não imagem e que a imaginação, específica do psiquismo humano, é evasiva. O imaginário assim é algo bem mais amplo do que qualquer imagem e sua natureza é a impermanência, a mudança, a mutabilidade, a variabilidade, enfim, a mobilidade de imagens. 5.4 O habitar como temática Segundo Schmid (2005, p. 13) a casa pode ser compreendida como o paradigma do conforto, no sentido em que “a casa acolhe”, além de atender “a um conjunto de necessidades básicas” dos seres humanos. A expressão desse acolhimento pode ser melhor entendida se pensarmos a casa não apenas como abrigo seguro e proteção frente às intempéries, mas também no sentido de constituir um refúgio para as nossas emoções e vivências (SCHMID, 2005). Sob esta ótica, abordar a temática do habitar e do significado de conforto se mostra importante na medida em que propicia refletir sobre as questões ligadas ao bem-estar, condições de saúde relacionadas à habitabilidade, bem como sobre as experiências sensoriais que vivenciamos nos ambientes de moradia. No que tange à habitabilidade dos ambientes internos, assuntos como a incidência solar, a ventilação natural, a qualidade do ar, a iluminação natural, o sombreamento, a umidade do ar, dentre outros poderão ser tratados nas ações deste projeto de extensão. A abordagem desses temas está centrada no entendimento de conforto ambiental enquanto saúde e bem-estar. Isso significa dizer que conforto não corresponde apenas à ausência de desconfortos fisiológicos (térmico, sonoro, tátil etc.), mas também abarca fatores subjetivos de ordem psicológica e sociocultural. 5.5 A criança como personagem central e espontâneo Para Robinson (2019) a criatividade está onipresente nas crianças, no entanto, o sistema atual de educação muitas vezes contribui para a inibição dos meios diversificados de expressão criativa e por pressionar estudantes a alcançarem um padrão acadêmico pré-estabelecido. O enfoque voltado para as experiências sensoriais, por sua vez, alinha-se com a ideia de instigar as crianças a perceber atentamente o ambiente que as cercam, seja esse construído ou natural, bem como a ação humana atuante nesse contexto. Podem ser trabalhados com as crianças cada um dos sentidos humanos mais relevantes para o conforto ambiental, a exemplo do tato, do olfato, da audição, da visão e do paladar. Alinhamo-nos com o entendimento de que “inteligência emocional significa a capacidade de compreender e expressar sentimentos pessoais; a capacidade de conviver com os outros, comunicar-se com clareza e com empatia; e reagir positivamente e com sensibilidade a novas situações” (ROBINSON, 2019, p. 166-167). Assim, através da reflexão sobre a temática do habitar, do conforto e da ação de perceber o ambiente acreditamos ser possível suscitar, tanto às crianças como aos sujeitos envolvidos nas dinâmicas propostas, modos alternativos de ver, pensar e criar em seu contexto de vida, e assim potencializar sua aprendizagem e sua inteligência emocional.