GRUPO INTERDISCIPLINAR DE PESQUISAS AGROALIMENTARES GEORREFERENCIADAS (GIPAG)
Ver no Diretório de Grupos da CNPq Pesquisa Em Atividade
Contato:
gustavo.pinto@politecnico.ufsm.br (55) 3220-8273 Prédio:Prédio 70Projetos
Extensão
O projeto tem por objetivo facilitar e aprofundar os processos de ensino, pesquisa e extensão através da Polifeira do Agricultor. Prevê a identificação dos limites e potencialidades da produção local, seleção de agricultores participantes e capacitações constantes dos mesmos, nos campos da produção agropecuária, gestão da propriedade, agroindústria, cooperação e inserção no mercado local. Visa também aprimorar conhecimentos sobre produção de alimentos saudáveis, mercado local e comportamento dos consumidores, bem como facilitar o acesso desses aos produtos oriundos da produção territorial. Da mesma forma também se busca estabelecer parcerias institucionais com agentes que trabalham com o mesmo público potencializando assim a eficácia das ações e fortalecendo vínculos que favoreçam a eficácia dos processos de ensino aprendizagem da UFSM, bem como o desenvolvimento territorial.
Em muitas atividades, incluídas aqui atividades de pesquisa e extensão, é necessário realizar a coleta de dados, já que os dados necessários podem não ser encontrados nas fontes disponíveis. Uma vez feita a coleta, organização e análise dos dados é comum apresentar estes dados, algo que pode ser feito em relatórios, artigos e Web sites, por exemplo. Além de atender necessidades pontuais de quem realizou a coleta, dados obtidos podem auxiliar outras pessoas em suas atividades e, em alguns casos, contribuir para objetivos de maior abrangência, como a definição de políticas públicas. Coletar e apresentar dados são tarefas para as quais a Tecnologia da Informação-TI pode auxiliar. O problema é que falta por vezes conhecimento sobre as opções de software existentes e sobre sua utilização. Assim, este projeto visa auxiliar pessoas na coleta e apresentação de dados por meio do uso softwares. O público alvo das atividades a serem desenvolvidas no projeto serão pessoas da comunidade em geral externa da UFSM que tem alguma necessidade de coleta de dados em suas atividades Eventualmente também servidores e alunos de UFSM podem ser beneficiados, sendo que no caso da comunidade da UFSM pensa-se especialmente nos envolvidos com projetos de extensão e eventualmente pesquisa. O auxílio a ser dado através do projeto consistirá de treinamento e tutoria sobre softwares para coleta e software para apresentação de dados. Para o treinamento serão produzidos no contexto do projeto tutorias e também ministrados cursos de extensão presenciais e/ou EaD para os interessados. Além do treinamento, será oferecido ajuda na utilização destes softwares em tarefas específicas. No projeto, alunos da UFSM estarão envolvidos na produção de material, em ministrar cursos e auxiliar o público alvo do projeto, mediante orientação de professores da UFSM.
Pesquisa
Resumo
O objetivo do projeto é o mapeamento da localização das propriedades rurais que desenvolvem atividade comercial de Frutas, Legumes e Verduras (FLVs), nos 35 municípios da área de abrangência da EMATER CENTRO. Este projeto visa à construção de um banco de dados espacializado que possa ser mantido permanentemente atualizado; ferramenta esta, útil para o planejamento e implementação de políticas públicas de fomento e de extensão que visem solidificar a produção da Agricultura Familiar e as Cadeias Curtas de Comercialização.
Este banco de dados teve início com o mapeamento das propriedades, que foi a base à organização do planejamento logístico para o cadastramento in loco, seus aspectos produtivos e de comercialização. O mapeamento da identificação das propriedades foi feito a partir de imagens de satélites de alta resolução disponível no software Google Earth Pro, que eram referendadas pelos técnicos locais da EMATER, colaboradores do Sindicato dos Trabalhadores Rurais ou das Secretarias de Agricultura de cada município. Este levantamento levou ao mapeamento das 1.006 propriedades mapeadas, das quais 533 já foram entrevistadas, o que vem corroborando para dar visibilidade a estes arranjos produtivos perante os consumidores, a comunidade local e as organizações regionais.
ATLAS – Georreferenciamento da Fruticultura e Olericultura da Região Central do Rio Grande do Sul
Download do ATLAS:
O sistema de abastecimento agroalimentar é dominado por poucas empresas, principalmente organizações de outras nacionalidades e com pouco vínculo com os agentes locais. Por outro lado, vive-se um movimento em torno de valorização de questões como a segurança alimentar, soberania, identidade, preservação do meio ambiente, dentre outros. Cadeias curtas do sistema agroalimentar, as quais proporcionam uma maior proximidade entre quem produz e quem consome, oferecem a sensação de maior segurança e informação sobre a origem do alimento, aspecto cada vez mais valorizado pelo consumidor. Esse contexto enseja oportunidades concretas para agricultores familiares locais dinamizarem suas relações com o mercado consumidor de alimentos por meio da diversificação de canais de comercialização, resultando em sua maior autonomia. O objetivo geral desta pesquisa é mapear, descrever, tipificar e analisar a dinâmica dos mercados agroalimentares na região Central do Rio Grande do Sul, e seu papel no abastecimento do sistema agroalimentar local. Trata-se de um aprofundamento na análise realizada no projeto de Caracterização do Sistema Agroalimentar da Região Central (registro SIE nº 044723), avançando para a compreensão de aspectos relacionados à autonomia dos agricultores, à gestão da informação e à governança. Cabe salientar que este projeto é uma ação do Grupo Interdisciplinar de Pesquisa Agroalimentares Georreferenciadas (GIPAG) do Colégio Politécnico da UFSM e se desenvolverá em parceria com o Grupo de Estudos de Agricultura Familiar e Desenvolvimento Rural (GEPAD) da UFRGS. Quanto aos procedimentos metodológicos, trata-se de um estudo exploratório-descritivo, realizado por meio da aplicação de questionário, entrevistas e pesquisas bibliográficas e documentais. A pesquisa se configura por uma análise quantitativa de dados, mas também qualitativa, utilizando-se para tanto os softwares SPSS e MAXQDA, respectivamente. Espera-se ter como resultados uma maior compreensão do sistema agroalimentar local, especialmente no que concerne ao acesso a mercados, possibilitando traçar um paralelo com outras realidades do Estado estudadas pelos pesquisadores do GEPAD, bem como contribuir com informações acadêmicas para outros trabalhos envolvidos com a temática, mas também para auxiliar na construção de políticas regulatórias para esses mercados.
O objetivo é analisar quais são os mecanismos de governança existentes nas cadeias produtivas e de suprimentos de hortifrutigranjeiros e perecíveis no Estado do Rio Grande do Sul, mapeando e descrevendo as condições que proporcionam os diferentes arranjos conforme os ambientes institucional e organizacional em que estão inseridas, identificando as formas de comunicação e coordenação das cadeias de abastecimento voltadas à sustentabilidade e eficiência. Os objetivos específicos desse projeto são: I) mapear os diferentes canais de distribuição identificando as estruturas de governança utilizadas nos mercados no Rio Grande do Sul; II) analisar como os distintos ambientes institucionais e organizacionais interferem na escolha e coordenação dos canais de comercialização e mercados; III) verificar os sistemas de informação empregados pelos diferentes elos das cadeias com ênfase aos custos de transação envolvidos. A metodologia está baseada na concretização de estudos de casos nas regiões abrangidas pela pesquisa, por meio de pesquisas bibliográficas e em dados primários (bancos de dados dos grupos de pesquisa, etc.) e secundários (informações censitárias, planilhas de fornecedores da CEASA, curvas de vendas dos agricultores e varejos, etc.). A análise dos dados será mediada pelo uso de softwares como nVivo e o Statistical Package for the Social Sciences. Espera-se qualificar as metodologias de análise de dados empíricos que envolvam ferramentas de inteligência e espacialização de dados (ferramentas de inteligência de negócios, mineração de dados, tomada de decisão (decisões sobre produção/comercialização, etc.) facilitando a leitura dos mercados agroalimentares, apontando arranjos distributivos mais justos e eficientes que ampliem o acesso à alimentação saudável.
A Tecnologia da Informação vem sendo largamente utilizada nos mais variados domínios, dentre estes está o agronegócio. Porém em pequenas e médias propriedades rurais existe ainda espaço para um uso mais intenso dos recursos da TI, sendo necessária análise da viabilidade, inclusive econômica, da aplicação de determinadas tecnologias. Este projeto tem por objetivo identificar e desenvolver formas de facilitar a coleta, disponibilização e análise dos dados de pequenas propriedades rurais. A presente proposta foi motivada pela realização de projetos, dentro do Colégio Politécnico da UFSM, que tem por objetivo geral compreender e analisar como se organiza a produção de frutas e hortaliças da região Central do Rio Grande do Sul. Um destes projetos visou a construção de um banco de dados para armazenar dados coletados a partir de questionários aplicados aos agricultores e a criação de um sistema Web usado para cadastrar os dados. Outro envolveu a extração dos dados do banco e o uso, preliminarmente, de técnicas de mineração de dados. A partir destes projetos foram constatadas algumas necessidades. Um delas refere-se ao processo de coleta de dados, hoje feita em questionários que posteriormente são digitados no sistema. Tal procedimento compromete a agilidade da coleta e consequentemente de sua análise. Outra refere-se a disponibilização dos dados coletados para análise dos pesquisadores, que atualmente dada a necessidade de confecção de múltiplos relatórios, é feita mediante disponibilização dos dados em planilhas eletrônicas que são manipuladas pelos pesquisadores. Neste sentido, a identificação e adoção de ferramentas de Inteligência de Negócios – Business Intelligence – BI impõem-se. Finalmente, considerando o advento da Internet das Coisas – (Internet of Things – IoT), pode-se pensar em obter outros dados além dos coletados por entrevistas, podem ser coletados mediante uso de sensores para coleta de dados relacionados a umidade do solo, por exemplo. Cabe ressaltar que um dos problemas para adoção da TI em pequenas propriedades rurais reside no fato de que os custos de alguns dos recursos da TI podem fazer com que seu uso seja inviável, e este será um dos pontos a serem abordados no presente projeto. Além dos resultados obtidos serem aproveitados para análise das propriedades da região central do estado do RS, espera-se que ao longo do desenvolvimento sejam definidas metodologias e/ou técnicas computacionais que possam ser aplicadas em situações similares.