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FAPEM: formação, ação e pesquisa em Educação Musical

FAPEM: FORMAÇÃO, AÇÃO E PESQUISA EM EDUCAÇÃO MUSICAL (FAPEM)

Pesquisa Em Atividade

Apresentação

Iniciamos a exposição deste texto apresentando o FAPEM[1], Formação, Ação e Pesquisa em Educação Musical (Diretório CNPq), grupo de pesquisa da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), existente desde o ano de 2002, portanto, em 2022 celebramos 20 anos de existência.

O grupo foi pensado, inicialmente, pelas professoras Cláudia Ribeiro Bellochio, da UFSM, e pelas professoras Viviane Beineke e Tereza Mateiro, da UDESC. Naquele momento os grupos de pesquisa ainda não eram tantos no país e eram demandados pela CAPES. Foi com este intuito e considerando as produções de pesquisa que estávamos construindo em nossas teses de doutorado que nasceu o FAPEM, com este nome.

Formação envolve pesquisas sobre os processos de formação profissional, inicial e continuada, de especialistas e não-especialistas em música que atuam ou estão em processo de formação para atuação profissional em educação musical, em espaços escolares e não-escolares, em perspectivas contemporâneas e históricas.

Ação está vinculada às pesquisas que discutem as práticas educativas desenvolvidas por professores especialistas e não-especialistas em música que atuam com educação musical, envolvendo formas de apropriação e transmissão do conhecimento pedagógico-musical, bem como a produção e análise de material didático para o ensino de música, considerando-se os múltiplos espaços em que a mesma poderá existir. A ação também é abordada pelo grupo sob a perspectiva histórica e cultural.

Por Pesquisa o grupo compreende todas as formas de investigação sobre, para e em educação musical, produção de trabalhos que contribuam para a reflexão e transformação da área.

Em 2003, com a chegada da professora Luciane Wilke Freitas Garbosa na UFSM, recém-doutorada em Educação Musical pela UFBA, e com as ampliações de grupos de pesquisa no país, o FAPEM passa a ter como líder a professora Cláudia Bellochio e como vice-líder a professora Luciane Garbosa, ambas atuantes na UFSM e vinculadas ao Centro de Educação e ao PPGE, naquele momento.

¹Uma primeira versão deste artigo foi publicada na Revista Educação UFSM, em 2012. BELLOCHIO, Cláudia Ribeiro et al. A linha educação e artes e as pesquisas em educação musical no contexto do Programa de Pós-Graduação em Educação – UFSM. Educação, Santa Maria, p. 13-30, nov. 2011. ISSN 1984-6444. Disponível em: periódicos UFSM.


O grupo FAPEM desenvolve investigações em educação musical e apresenta diversidade no que tange as orientações teóricas e metodológicas, o que gera uma variedade de tratamentos que enriquecem e se complementam na edificação de um campo em estudo. Um ponto a considerar nesta apresentação do FAPEM é que o grupo de pesquisa é vinculado à linha Educação e Artes, do Programa de Pós-Graduação – PPGE em Educação, da UFSM. Além de estar vinculado ao Pós-Graduação, agrega-se ao Laboratório de Educação Musical (LEM), espaço no qual participam estudantes de graduação e professores da rede de ensino. Neste sentido, as produções discursivas acerca da educação musical são pensadas, atravessadas e construídas conjuntamente com as discussões da educação e seus interlocutores, envolvendo graduação, pós-graduação e educação básica.

Assim, o grupo de pesquisa é um grupo-lugar-dispositivo potencial para relações interpessoais necessárias à propulsão de desafios e problematizações que se impõem no cotidiano da vida de pesquisadores e jovens iniciantes na pesquisa. O grupo de pesquisa compartilha saberes e questionamentos, em processos contínuos que se agregam e fazem avançar conhecimentos em educação musical. Não se trata de produzir iguais, mas de encontrar na diferença, decorrente das relações e interesses de cada um, motivação e conhecimentos que potencializam as produções do grupo.

Com isto, o trabalho em conjunto, com suas singularidades e pluralidades, tem sido positivo e pró-ativo nas pesquisas em educação musical, provocando problematizações e promovendo compreensões acerca de vários temas da área, dentre as quais: formação e práticas educativas de professores de Música e de professores unidocentes, sobretudo vinculado aos cursos de Pedagogia e Educação Especial; história e memórias de professores, sua formação e práticas musicais; análise de livros didáticos, envolvendo produção, circulação e apropriação de materiais; práticas musicais em projetos sociais; políticas públicas e educação musical, dentre outros.

Os participantes do grupo provêm de contextos diversos como Pedagogia, Educação Especial, Teatro, Bacharelado e Licenciatura em Música, dentre outros. Muitos trazem uma ampla experiência profissional como músicos, outros como professores e outros fazem o caminho graduação/pós-graduação. Assim, o grupo se configura na diversidade, nas especificidades conceituais da formação acadêmico-profissional e das práticas profissionais que possibilitam relações diversas e interfaces múltiplas no momento de construção e reflexão das pesquisas. Este espaço para a produção de conhecimentos em educação musical é potencial para o que pode ser pesquisado e dito/anunciado de outras formas, para além de lugares comuns. Dessa forma, são produzidos diálogos e reflexões com leituras de textos e interpretações de empirias vividas/relatadas tanto da Educação Musical como da Educação que buscam como recolocar as questões da educação musical sem reproduzir o já posto.

Como FAPEM temos edificado nossos projetos de pesquisa e seus relatórios, produzindo teorias e levado-as para discussões públicas e divulgação científica, visando problematizar para compreender questões presentes na área e, ao mesmo tempo, produzir conhecimentos que possam contribuir com a consolidação e ampliação da educação musical no Brasil.

Diante do exposto, entendemos que a produção da pesquisa no FAPEM se configura na riqueza de pontos de vista, a qual propicia um olhar ampliado sobre as músicas, as educações, seus atores e seus processos. Embora tenhamos linhas e estruturas, enfrentamos constantes necessidades de transformações e (re)orientações das produções. Estes movimentos são conceitualmente potenciais e ricos no sentido de produções teóricas que articulam, com propriedade, espaços singulares e coletivos, espaços da teoria e das práticas musicais e pedagógico-musicais.