GRUPO DE ASTROFÍSICA
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Contato:
astro@ufsm.br Prédio:INPE Sala:1039 e 1040Material Adicional
ATIVIDADES DO GRUPO DE ASTROFÍSICA
Do que são feitas as estrelas e galáxias? Dos mesmo elementos que as pessoas, plantas e animais? Qual o nosso endereço no Universo, moramos em um planeta privilegiado ou em apenas mais um dos tantos que existem? Se você já se fez alguma dessas perguntas saiba que os pesquisadores do grupo de Astrofísica da UFSM também. Infelizmente não podemos prever o futuro das pessoas, mas podemos prever o futuro das estrelas, das galáxias e do Universo como um todo, usando como base leis e princípios da Física.
Atualmente, o grupo da UFSM está trabalhando com três temas principais:
- Núcleos Ativos de Galáxias: Regiões muito brilhantes, às vezes mais brilhantes do que todas as estrelas da galáxia hospedeira. Esse brilho tão intenso tem origem no plasma (gás ionizado) que orbita o buraco negro no centro da galáxia. Em abril de 2019 tivemos uma grande divulgação da primeira imagem da região mais próxima de um buraco negro (horizonte de eventos) da galáxia M87, obtida combinando-se telescópios espalhados pelo mundo.
- Aglomerado de Galáxias: Grupos com centenas a milhares de galáxias ligadas gravitacionalmente, ou seja, a mesma força que nos mantém presos à Terra mantém essas galáxias próximas. Por elas estarem perto podem ocorrer interações e processos de evolução, onde uma galáxia pode mudar de forma ao longo do tempo.
- Estrelas de Nêutrons: São objetos muito densos que surgem após a explosão de uma estrela com massa 25 vezes maior do que a massa do Sol. A colisão de duas estrelas de nêutrons gera ondas gravitacionais e radiação desde os raios-X até o infravermelho.
Observatório Gemini. Créditos da imagem: Joy Pollard Fonte: http://www.gemini.edu//gallery
Para realizar esses estudos, o grupo utiliza dados obtidos em diversos observatórios como o Gemini, o ALMA, o SLOAN, o SOAR, entre outros. Esses dados nada mais são do que imagens, literalmente fotografias dos objetos de interesse, e espectros, a variação da intensidade da radiação em função do comprimento de onda. O acesso a esses instrumentos depende de parcerias entre o governo brasileiro e o de outros países para a construção e manutenção dos telescópios, além de parcerias diretas com outros pesquisadores de países que tenham acesso aos observatórios.
Telescópio SOAR. Créditos da imagem: Bruno C. Quint Fonte: http://www.ctio.noao.edu/soar/content/soar-picture-gallery
A Astrofísica é uma ciência básica, portanto não é possível mensurar o impacto de nossas pesquisas na geração de bens de consumo a curto prazo. Felizmente, existem aplicações práticas de vários conhecimentos desenvolvidos inicialmente devido a uma necessidade da Astronomia como por exemplo: os sensores CCD das câmeras digitais; melhorias nos diagnósticos por imagem usados na Medicina; computadores com altas taxas de processamento de dados; o Wi-Fi onde técnicas desenvolvidas para a melhoria da transmissão de informações sem fio basearam-se em técnicas utilizadas na radioastronomia.Telescópio Sloan. Créditos da imagem: David Kirkby Fonte: https://sdss3.wordpress.com/image-gallery/
Além da ciência, o grupo também desenvolve atividades de extensão. São realizadas observações noturnas do céu utilizando telescópios de pequeno porte, visando a discussão da natureza física dos objetos celestes, como a Lua, planetas e estrelas. Centenas de visitantes de escolas da região, da UFSM e da população em geral, são atendidos nestas atividades todos os anos.Observatório ALMA. Créditos da imagem: Yuri Beletsky Fonte: https://www.almaobservatory.org/en/images/