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Curso Técnico em Agropecuária do Colégio Politécnico da UFSM realiza visita técnica

Com foco na Extensão Rural, a atividade promoveu visita ao Sítio Oliveira, em Júlio de Castilhos-RS



Turma de estudantes do Curso Técnico em Agropecuária realizou imersão na área de Extensão Rural em uma propriedade diversificada e focada em turismo rural no município de Júlio de Castilhos, RS. 

No dia 03 de outubro, estudantes do Curso Técnico em Agropecuária do Colégio Politécnico da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) realizaram uma visita técnica na propriedade Sítio Oliveira em Júlio de Castilhos, RS. O objetivo da visita foi aplicar os métodos de Extensão Rural largamente utilizados pelos extensionistas rurais no Brasil e no mundo. Por meio da observação e análise da realidade de uma propriedade da agricultura familiar, os estudantes podem sistematizar informações para sustentar o diagnóstico rural que é a primeira etapa da ação de um extensionista. A partir disso, os profissionais da área podem planejar projetos de desenvolvimento e implementar ações que possam provocar uma mudança social nas unidades de produção agropecuárias no território. 

Através de uma preparação prévia, os estudantes estavam munidos de instrumentos desenvolvidos em sala de aula para compreender as diferentes categorias de análise presentes na propriedade, tais como a história, as principais atividades agropecuárias, as formas de gestão, o acesso aos mercados e também sobre os desafios da sucessão familiar rural. Tudo isso, articulado com a realidade da propriedade da família da Sra. Janete de Oliveira e seu marido Kelvin Ferrarini, empreendedores rurais do Sítio Oliveira em Júlio de Castilhos, RS. 

O Sítio Oliveira é uma propriedade oriunda da reforma agrária e foca na produção de uma diversidade de produtos, desde a produção de leite, horticultura, fruticultura, piscicultura, produção de ovos e queijos, além de outras atividades de autoconsumo. No local, a família está construindo uma produção limpa sem uso de defensivos com foco na produção de alimentos saudáveis. Aliado a isso, a família está investindo esforços de paisagismo para receber visitantes, sendo um projeto para fortalecer a renda e investir no turismo rural sustentável. A produção extra da família é comercializada entre os vizinhos e também participa de feiras livres.

No Brasil, o Censo Agropecuário de 2017 demonstrou que 19% dos estabelecimentos agropecuários são conduzidos por mulheres. No caso da propriedade visitada, há o envolvimento direto da Dona Janete, uma mulher protagonista no campo e no empreendedorismo voltado ao turismo rural e aos circuitos curtos de produção e consumo. Em conjunto com Kelvin trabalham no Sítio sobre os pilares do planejamento, conhecimento técnico e tecnologias sociais para fortalecimento da unidade de produção. 

Nas palavras da família do Sítio Oliveira: “Para nós foi um grande privilégio receber os estudantes, aprender e também passar conhecimento prático, aproveitando o máximo esse momento e melhorando sempre para interagir e receber todos cada vez melhor”, salientou os empreendedores rurais do Sítio Oliveira.

Para a estudante do Curso Técnico em Agropecuária, Morgana Schmitz, 20 anos, a visita técnica no Sítio Oliveira, destacou-se pela “humildade, simplicidade e persistência da família. São pessoas que têm a minha admiração por tudo que passaram e nunca desistiram, tenho certeza que a cada dia que passa estão mais perto de realizar mais um sonho”.  Morgana ainda destacou que o sítio “é lindo, organizado e bem desenvolvido, tens tudo para crescer! Sem dúvidas a melhor visita técnica! Desejo todo o sucesso para a família”!

No dia, estiveram presentes 13 estudantes, acompanhados pelo Prof. Ezequiel Redin, docente da disciplina e responsável pela área de Extensão Rural do Politécnico da UFSM. Além disso, acompanhou a visita técnica Leandro Ebert, agrônomo e Extensionista Rural da Emater/RS, onde destacou a importância do trabalho de assistência técnica junto às famílias assentadas em Júlio de Castilhos. “Buscar compreender a realidade das famílias, suas necessidades, com empatia, é o primeiro passo para que o extensionista possa cumprir o seu papel de levar conhecimento técnico-científico que atenda às suas necessidades e contribua com o desenvolvimento. Uma experiência como uma visita dessas faz uma grande diferença na formação extensionista” destacou Ebert. 

Nas palavras do estudante do Técnico em Agropecuária do 4º semestre, Luiz Antônio Facco, 19 anos: “As visitas técnicas que o curso técnico proporciona tem suma importância. Neste caso a visita na propriedade Sítio Oliveira mostra a realidade de muitos produtores da região onde os alunos veem que a produção, qualidade,  gestão, envolve muito mais que a teoria. Essas visitas mostram que os sistemas produtivos, dentro de cada realidade, exige adaptação, conhecimento e disposição de cada produtor”, finalizou Facco. 

Grupo do Colégio Politécnico sendo recepcionado com um café colonial.

No final da visita, houve um agradecimento para a família pela recepção, na qual os visitante puderam degustar de um delicioso café colonial, bem como pela excelente condução e explanação técnica dos principais sistemas de produção do Sítio. Foi um momento de muitos aprendizados dos estudantes com a família e com a Emater/RS. Conforme Ezequiel Redin, Professor da disciplina de Extensão Rural e Cooperativismo, a Extensão Rural é cativante, pois além das orientações técnicas, o amor pelas pessoas, pelas histórias, pelo crescimento das propriedades e dos sonhos das famílias são fundamentais para que o desenvolvimento rural sustentável seja uma realidade concreta para nossas famílias rurais brasileiras. 

A partir dessas conexões entre a educação técnica, a extensão rural e o contato direto com as famílias agricultoras e com a Emater/RS, é possível construir um ambiente de aprendizagem rico e oportuno para que a formação técnica esteja alinhada às demandas dos agricultores familiares e que possam fortalecer a formação de novos extensionistas rurais para atuação no território da região central do estado do Rio Grande do Sul. 

Texto: Ezequiel Redin
Revisão: Assessoria de Comunicação do Colégio Politécnico
Fotos: Acervo dos docentes e estudantes

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