O Brasil atingiu um marco significativo na pós-graduação em Saúde Coletiva ao chegar ao número de 100 Programas de Pós-Graduação (PPGs) na área, conforme dados da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) teve papel de destaque nesse avanço, pois seu novo Mestrado em Saúde Coletiva tornou-se o centésimo programa do país.
De acordo com informações da Plataforma Sucupira da CAPES (2023), até então existiam 99 PPGs na área de Saúde Coletiva. Com o lançamento do primeiro edital de seleção para o Mestrado em Saúde Coletiva da UFSM, em janeiro de 2025, o Brasil atingiu a marca histórica de 100 programas, consolidando ainda mais a expansão e o fortalecimento do campo.
A professora Liane Righi, vice-presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO) e docente da UFSM, celebrou essa conquista. Ela ressaltou que o novo programa da UFSM é o primeiro PPG em Saúde Coletiva fora da Região Metropolitana do Rio Grande do Sul e também o primeiro vinculado a uma instituição pública fora da capital, Porto Alegre. Segundo Righi, a criação do mestrado representa um avanço na formação de profissionais para atuarem no Sistema Único de Saúde (SUS), com um olhar voltado para o desenvolvimento das regiões compostas por pequenas e médias cidades.
O coordenador da área de Saúde Coletiva da CAPES, Bernardo Horta, também comemorou a expansão da pós-graduação no setor, enfatizando o papel dos pesquisadores, discentes e técnicos que contribuíram para essa consolidação por meio de diversas estratégias de cooperação acadêmica.
Rômulo Paes de Sousa, presidente da ABRASCO, destacou a relevância da Saúde Coletiva na produção científica nacional e a contribuição dos PPGs para a formação de profissionais altamente qualificados para o SUS em todas as regiões do Brasil. Segundo ele, chegar ao centésimo programa é um feito histórico para o país e para a ABRASCO.
O crescimento dos PPGs em Saúde Coletiva no Brasil reflete um longo processo de avanços na área. Em 1979, ano de fundação da ABRASCO, existiam apenas seis programas, concentrados nas capitais do Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador. Em 2010, esse número subiu para 57. Hoje, em 2025, o Brasil conta com 100 programas distribuídos pelo território nacional, sendo 55 de natureza acadêmica e 45 profissionais.
Esse avanço coloca a Saúde Coletiva entre as principais áreas de produção do conhecimento no Brasil, contribuindo não apenas para a formação acadêmica, mas também para o fortalecimento do SUS e a formulação de políticas públicas de saúde.
Fonte: ABRASCO