De 18 a 21 de setembro, alunos e professores do PPGGeo participaram do XI Simpósio Nacional de Geomorfologia, em Maringá (PR), onde realizaram apresentações de trabalhos dos grupos de pesquisa. O aluno de doutorado do Programa, Bruno Zucuni Prina, recebeu o 4º Prêmio Aziz Ab’Saber de Melhor Dissertação de Mestrado, com a pesquisa “Geotecnologias Aplicadas no Mapeamento das Áreas de Inundação do Perímetro Urbano de Jaguari”.
Localizado na região centro-oeste do estado do Rio Grande do Sul, microrregião de Santa Maria, o município de Jaguari já sofreu vários eventos de inundações, como o ocorrido em maio de 1984, considerado o evento mais catastrófico. Além de uma área de risco, a cidade natal do agora mestre Bruno Prina não tem nenhum trabalho específico de mapeamento detalhado das áreas inundáveis, assim como não tem um levantamento planialtimétrico (representação da superfície terrestre em terceira dimensão).
Orientado pelo professor do Departamento de Geociências Romário Trentin, o pesquisador mapeou, a partir de uma metodologia específica, um montante de 401 residências localizadas em área de suscetibilidade (correspondente a 15,3% da área urbanizada do município). Com seus resultados, realizou um mapeamento de perigo, vulnerabilidade e risco.
O prêmio recebido por Bruno, no evento realizado pela União da Geomorfologia Brasileira (UGB), é extremamente significativo para a área e, segundo o professor e orientador, Romário Trentin, coloca os jovens alunos como grandes pesquisadores a nível nacional. “Este prêmio, que em anos anteriores concentrava-se na região sudeste do Brasil, nos coloca em destaque na Geomorfologia Nacional, e mais uma vez coloca em destaque as pesquisas desenvolvidas na UFSM e no PPGGeo”, ressalta.
Porém, a importância desta dissertação não fica centrada apenas nos estudos acadêmicos e prêmios científicos, ela tem grande importância para os moradores do município estudado. Segundo Romário, os resultados da pesquisa podem permitir que a Prefeitura do município analisado utilize estes dados e destine as áreas de risco destacadas à intervenções, minimizando o perigo aos cidadãos.
Texto: Camila Lourenci Jardim, bolsista do Núcleo de Divulgação Institucional do CCNE
