O professor do Departamento de Economia da UFSM Valny Giacomelli Sobrinho acaba de ter publicado, no livro Forest Ecology and Conservation (Ecologia e Conservação Florestais), o capítulo intitulado “From Paper to Carbon Money: Financing Forest Conservation and Offset” (“Do Papel-Moeda à Moeda-Carbono: Financiamento da Conservação e da Compensação Florestais”).
No espírito do Acordo de Paris, firmado em dezembro de 2015 para substituir o Protocolo de Kyoto, demonstra-se como a política climática de controle das emissões de gases de efeito-estufa (GEE) pode-se servir dos instrumentos financeiros (títulos verdes) para incentivar a conservação de florestas nativas ou os plantios florestais voltados para a compensação das emissões de carbono. A premissa fundamental é que as taxas de juros pagas pelos títulos verdes aos seus portadores reflitam a capacidade de assimilação e o tempo necessário para que cada tipo de floresta (nativa ou plantada) remova determinada quantidade de carbono emitida pelas atividades econômicas. À medida que os rendimentos desses títulos sejam atrativos, os investidores poderão adquiri-los, estando ou não preocupados com questões ambientais. Os recursos obtidos nessas transações com títulos verdes permitiriam o financiamento dos investimentos em conservação ou plantio de florestas em bases mais estáveis e regulares do que as proporcionadas atualmente por doações voluntárias.