Autora: Jéssica Jaíne Marques de Oliveira
Orientador: Carlo Schmidt
INTERVENÇÃO CENTRADA NA FAMÍLIA: INFLUÊNCIA NAS HABILIDADES COMUNICATIVAS E INTERATIVAS DA CRIANÇA COM TEA E EMPODERAMENTO PARENTAL.
Data: 22/06/2016
Horário: 14h
Local: Sala Verde (3287) do CE
Banca: Caroline Rubim Rossato Pereira
Cleonice Alves Bosa
Presidente da Banca: Carlo Schmidt
Resumo: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é caracterizado por déficits nas dimensões sociocomunicativas e comportamentais, as quais se manifestam ainda precocemente no desenvolvimento infantil. Quanto antes for realizado o diagnóstico e iniciada a intervenção sobre essas dificuldades, melhores os resultados. As intervenções precisam ser direcionadas especificamente para as necessidades de cada indivíduo e consistem na prestação, por parte de uma equipe transdisciplinar, de serviços dirigidos não somente à criança, mas também à família. A inclusão da família como parte imprescindível da intervenção a coloca como um agente ativo, atuando ao lado dos profissionais a favor do desenvolvimento do filho. Para tanto, torna-se necessário que os pais recebam informações específicas sobre intervenção e autismo, apropriando-se destes saberes. O empoderamento familiar tem sido a terminologia utilizada para designar essa capacidade contínua para agirem em seu próprio benefício, visando a alcançar maior controle sobre suas vidas e destinos. Neste sentido, a literatura tem mostrado que o empoderamento familiar encontra-se fortemente associado aos avanços nas intervenções com crianças com deficiência, destacando sua importância para sua efetividade. O objetivo desse estudo foi avaliar os efeitos de uma intervenção baseada na orientação a pais sobre o desenvolvimento de habilidades comunicativas e interativas do filho com autismo, assim como relacionar as influências dessa intervenção ao empoderamento familiar. Foi utilizado um delineamento quase experimental do tipo A-B, em que os participantes foram uma criança com TEA com 15 meses de idade, seu pai e sua mãe. Os resultados mostraram que o programa de orientação a pais promoveu um aumento das habilidades sociocomunicativas da díade mãe-criança, tanto na atenção compartilhada e compartilhamento de tópico, como no contato afetivo. Foi observado o aumento dos níveis de empoderamento parental entre as fases pré e pós intervenção, sendo este entendido como uma influência do programa de orientação. Por fim, considera-se que a intervenção centrada na família, mais especificamente através da orientação parental, se mostra como uma possibilidade de favorecer o desenvolvimento precoce das habilidades sociocomunicativas de crianças com TEA.