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MOÇÃO DE REPÚDIO AO CORTE DE BOLSAS DE PÓS-GRADUAÇÃO



O Programa de Pós-graduação em Educação, diante do anúncio de corte de 5.613 bolsas de pós-graduação, mestrado, doutorado e pós-doutorado no país a partir do mês de setembro, que prevê a economia de R$ 37,8 milhões para 2019, vem registrar a moção de repúdio diante das ações alarmantes que visam um projeto sistemático de desmonte do Ensino Superior público, da ciência, da pesquisa e do desenvolvimento tecnológico no Brasil, sufocando as universidades públicas federais, e consequentemente outras instituições de ensino.

Estes e demais cortes na área da educação, representa um retrocesso no desenvolvimento autônomo do país, no qual resultará em perdas irrecuperáveis e irreversíveis, tanto econômicas, quanto sociais, culturais e históricas.

A Constituição Federal de 1988 consolida princípios voltados ao Ensino Superior, à pesquisa e ao desenvolvimento científico construídos no Brasil, principalmente no seu artigo 207: “As universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, e obedecerão ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão” (BRASIL, 1988).

Corroborando com o Decreto nº 19.831, de 11 de abril de 1931, que em seu artigo 1º, afirma que “[…] o ensino universitário tem como finalidade: elevar o nível da cultura geral, estimular a investigação científica em quaisquer domínios dos conhecimentos humanos.” (BRASIL, 1931). 

Diante desde cenário obscurantista preocupante, no qual não há preocupação com a ciência, tecnologia, liberdade de pensamento, a Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Educação – Campus Santa Maria (PPGE) da Universidade Federal de Santa Maria manifesta-se veementemente contra esse desmonte do Ensino Superior público e da pesquisa do Brasil, por meio do corte de bolsas de Pesquisa e Pós-Graduação, no dia 02 de setembro de 2019.

Deve se ressaltar que as bolsas cortadas não estavam ociosas, pois são de pesquisas em andamento da Pós-Graduação em Educação, o que gerou perplexidade e insegurança no meio acadêmico, pois estes pesquisadores já são titulares de bolsas de pesquisa, que foram selecionados entre outros acadêmicos, que abriram mão de outras atividades remuneratórias e dependem do valor da bolsa para dar continuidade aos estudos, interferindo nas suas condições de permanência no Programa, comprometendo as suas condições pessoais de dedicação e a própria subsistência.

A interrupção do pagamento das bolsas poderá acarretar na avaliação do Programa juto à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), considerando que um dos indicadores de avaliação é a conclusão das pesquisas dentro dos prazos de 24 meses para o Mestrado e 48 meses para o Doutorado, tendo em vista que alguns estudantes terão dificuldades para a manutenção da dedicação as pesquisas em andamento.

De acordo com a tabela abaixo, é possível verificar o impacto que o corte de bolsas poderá trazer para o PPGE, que rejeita veementemente a afirmação do senhor Ministro da Educação de que se tratavam de bolsas ociosas.

Pesquisador

Orientador

Título da pesquisa

DOUTORADO

AGNALDO MESQUITA DE LIMA JUNIOR

Luiz Gilberto Kronbauer

Processos auto(trans)formativos na formação inicial dos docentes em letras

GABRIELLA FONTANA GABBI

Anemari Roesler Luersen Vieira Lopes

Formação de pedagogos que ensinam matemática

GABRIELLA ELDERETI MACHADO

Valeska Maria Fortes de Oliveira

Imaginário Social e temas emergentes a formação de professores(as): entre narrativas da docência e contextos curriculares.

LUCAS DA SILVA MARTINEZ

Sueli Salva

Juventude, Ensino Médio, Cultura Digital e Produção de Subjetividades

MARÍNDIA MATTOS MORISSO

Elena Maria Mallmann

Inovação didático-metodológica na Educação Física escolar mediada por Recursos Educacionais Abertos (REA)

MESTRADO

ANA CARLA SIMONETTI ROSSATO TOMAZI

Claudia Ribeiro Bellochio

A pesquisa-formação na educação musical: as vozes de professoras da educação infantil entrelaçadas à voz da pesquisadora-formadora

BIANKA DE ABREU SEVERO

Valeska Maria Fortes de Oliveira

Os professores veem e fazem cinema: uma formação para a autonomia?

DANIELE FRANCISCA CAMPOS DENARDIN DE BITTENCOURT

Carlo Schmidt

Relações entre família e escola: a parceria colaborativa no apoio à escolarização de alunos com autismo

GABRIELA BARICHELLO MELLO

Marilene Gabriel Dalla Corte

Contextos emergentes na educação básica e superior na perspectiva da inovação e qualidade dos processos de gestão escolar e universitária

JAQUELINE DAISE KAUFMANN

Fabiane Adella Tonetto Costas

O processo de Intervenção Precoce no contexto das escolas de educação infantil de Santa Maria – RS

JORDANA REX BRAUN

Doris Pires Vargas Bolzan

Formação inicial de estagiários em letras e os contextos emergentes

JÚLIA ANDRESSA SCHÜTZ

Jorge Luiz da Cunha

Memória e Imaginário rural: Construção de narrativas e produção refletida em Artes Visuais

KELEN KRÜGER

Eduardo Adolfo Terrazzan

Avaliação da aprendizagem de alunos do Ensino Médio

MAIARA LUISA KLEIN

Anemari Roesler Luersen Vieira Lopes

Formação Inicial de Professores que ensinam matemática

 

Diante do exposto, percebe-se que o corte das bolsas, provoca o desmonte do Ensino Superior público e prejudica os objetivos da República Brasileira previstos no Art. 3º da Constituição Federal de 1988 (BRASIL, 1988), que são: construir uma sociedade livre, justa e solidária; garantir o desenvolvimento nacional; erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação, tendo em vista que todos dependemos da Educação, que infelizmente está EM LUTO!

Considerando que os investimentos em Ciência, Tecnologia, Pesquisa e Pós-Graduação, principalmente na educação, são políticas de estado e não de governo, necessitando de respeito às lutas do povo brasileiro na defesa dos mesmos. Manifestamos nosso repúdio ao corte de bolsas, e, solicitamos o apoio desta Pró-reitoria na defesa das Universidades Públicas, na defesa da Ciência, da Pesquisa e da Tecnologia, na defesa da Pós-Graduação Pública, gratuita e de qualidade.

Na expectativa de que possa ser reestabelecida as condições de manutenção das pesquisas em andamento, solicitamos a esta Pró-reitoria que sejam realizados todos os esforços para garantir a manutenção das bolsas de pesquisa para os acadêmicos que já são detentores das cotas atuais.

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