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Projetos de pesquisa: Arte e Cultura

Arte e cultura: a transversalidade dos-nos-pelos corpos performativos

Assim, a presente investigação pretende ser um projeto guarda-chuva que esteja imerso no trânsito, no diálogo, no amalgamar de saberes oriundo dos campos das Artes, dos saberes do-no-pelo e sobre o corpo em estado de arte, bem como articular proposições transdisciplinares, próprias dos encaminhamentos fronteiriços. Portanto, a proposta foi elaborada devido à intensão de produzir/difundir conhecimentos instaurados e instauradores de experiências performativas dos-nos-pelos-sobre os corpos-arte investigativos. As experiências promovidas, aqui, são buscadas em processos culturais diversos que transitam desde movimentos sociais, intervenções e ativismo político até manifestações oriundas de manifestações religiosas, festivas, entre tantos. Estes estudos prático-teóricos em poéticas visuais estão concentrados nos pressupostos da arte contemporânea.

Coordenadora: Gisela Reis Biancalana

Arte figurativa na contemporaneidade: entre processos e significados da imagem

Este projeto investiga a arte figurativa na contemporaneidade. Tem o objetivo de desenvolver e organizar estudos em poéticas visuais; e estudos em história, teoria e crítica da arte a partir de temáticas relacionadas a imagens com ênfase na representação naturalista. Utiliza, como métodos preferenciais, abordagens analíticas derivadas da iconografia de Erwin Panofsky na área teórica, e a poiética de René Passeron na área das práticas. Almeja, entre os resultados esperados, orientar subprojetos práticos, e teóricos relacionados às figurações artísticas buscando ampliar o conhecimento de aspectos relacionados aos processos e significados dessas imagens.

Coordenador: Altamir Moreira

Arte nas margens: estrangeiridades e (des)localizações

A proposta do projeto é pesquisar as distintas espacialidades, estrangeiriades e (des)localizações que são produzidas na arte contemporânea, tendo como resultado tensões entre o local e o global e o individual e o social. Sugere-se que o imaginário e as subjetividades interferem na projeção artística, tanto em artistas como em curadores(as). Nesse contexto, a arte (re)produz fronteiras e (in)definições tanto territoriais quanto topográficas, assim como incertezas conceituais. A estrangeiridade acontece tanto na perspectiva de quem observa a partir das margens, quanto naqueles indivíduos que não se reconhecem no espaço, tendo que buscar ou inventar códigos para determinar as suas ações (AMMANN, 1996-97). A percepção ou o questionamento em torno de si surge especificamente em uma situação fronteiriça, onde o(a) sujeito não se identifica ou conscientiza a sua estrangeiridade (ANZALDÚA, 1989). Esse estranhamento que permite olhar a partir das margens, criando um enquadramento privilegiado, pode ser categorizado também como uma condição queer (BLANCA, 2011). Essa forma de (des)localização artística interfere nas formas de produção da arte contemporânea (BLANCA, 1999). Os projetos curatoriais contribuem para a expansão das estrangeiridades em contextos de mundialização. Entendem-se as exposições como dispositivos de produção de conhecimento. As mostras de arte que surgem a partir dos margens, ou seja, que possuem como escopo a inter e transnacionalização, confrontam o nacional, levantando problemas de ordem identitária e de coexistência. O espaço museográfico, como um margem, permite que artistas ampliem as formas estéticas regionais com a intenção de dialogar com os(as) Outros(as). O projeto de pesquisa contempla como objeto de estudo tanto projetos curatoriais, como práticas artísticas que possuem como preocupação o território, a estrangeirdade, a identidade e a intersubjetividade.

Coordenadora: Rosa Maia Blanca Cedillo