O Grupo de Pesquisa Estudos em Jornalismo passa a integrar, a partir de 2022, duas pesquisas relevantes em contexto nacional e internacional. As duas pesquisas tem coordenação interna no Ejor da profa Laura Storch.

No Brasil, o projeto “Democracia em Perigo: como combater os efeitos e estratégias da desinformação na mídia social na Eleição de 2022” é uma parceria entre UFPel, UFSM e UFRGS e tem como objetivo compreender os efeitos da desinformação nas mídias sociais nas campanhas eleitorais no Brasil e explorar ações que colaborem para evitar que essa desinformação interfira na própria democracia do País. A pesquisa é liderada pela profa Raquel Recuero, coordenadora do MidiaRS e financiada pelo CNPq.

Em um contexto internacional, a partir deste ano passamos a colaborar com a pesquisa Worlds of Journalism Study, um projeto criado para avaliar regularmente o estado do jornalismo em todo o mundo. O objetivo principal do estudo é ajudar pesquisadores, profissionais, gerentes de mídia e formuladores de políticas de jornalismo a entender melhor as visões de mundo e as mudanças que estão ocorrendo nas orientações profissionais dos jornalistas, as condições e limitações sob as quais eles trabalham e o papel do jornalismo em um mundo em mudança. Isso é particularmente relevante em um momento de grandes transformações que ocorrem na instituição do jornalismo em todo o mundo, visto que essas mudanças – sem paralelo na história do jornalismo – têm ramificações importantes para as sociedades em geral, para as quais o jornalismo é de vital importância.

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Conheça melhor as pesquisas:

Democracia em perigo: como combater os efeitos e estratégias da desinformação na mídia social na Eleição de 2022

A desinformação na mídia social tem aparecido como um problema sério no Brasil, com grande destaque nas pesquisas para os riscos envolvidos para os processos e instituições democráticas no País. Neste âmbito, as duas perguntas de pesquisa que guiam a proposta são: Quais são os efeitos da desinformação na mídia social nas campanhas eleitorais no Brasil? Que ações podemos tomar para evitar que essa desinformação interfira na própria democracia do País? Neste contexto, nossa proposta foca (1) o monitoramento das campanhas realizadas pelos candidatos à presidência e governadores em todos os estados da federação no Twitter, Facebook, WhatsApp e Instagram; (2) o monitoramento das conversações públicas nas mesmas plataformas de mídia social sobre a temática das eleições; (3) a identificação desinformação que circula nesses âmbitos, suas estratégias e como ela se espalha e; (4) a proposição de possíveis soluções para combater os efeitos dessa desinformação, através de produtos e estratégias. 

Worlds of Journalism Study – WJS3 | Etapa Brasil

O WJS3 visa estudar os níveis de risco e incerteza que os jornalistas enfrentam em todo o mundo. Ao fazê-lo, o estudo se propõe a entender melhor as maneiras pelas quais o jornalismo lida e se adapta ao risco e à incerteza em diferentes contextos políticos, socioeconômicos e culturais, e como o jornalismo se desenvolveu ao longo do tempo. Em consonância com nosso quadro teórico geral, avaliamos essas percepções nas seguintes áreas-chave críticas para o exercício do jornalismo: autonomia editorial, influências no jornalismo, papéis jornalísticos, epistemologias jornalísticas, ética profissional, segurança e resiliência dos jornalistas, bem como as condições de trabalho. Em um sentido mais amplo, o principal objetivo do projeto é ajudar pesquisadores, profissionais e formuladores de políticas de jornalismo a entender melhor as mudanças que estão ocorrendo nas orientações profissionais dos jornalistas, as estruturas de oportunidades em que trabalham, bem como o(s) papel(es) do jornalismo em um mundo em mudança.