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Pesquisas sobre juventudes e consumo são tema da segunda mesa temática



As professoras Rose de Melo Rocha, da Escola Superior de Propaganda e Marketing de São Paulo (ESPM-SP), e Nilda Jacks, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), foram as painelistas da última mesa da II Jornada Gaucha de Pesquisadores da Recepção, na manhã desta sexta-feira, 18. O tema proposto para a discussão, que foi mediada pela professora Liliane Dutra Brignol (UFSM), foi “Estudos de recepção, jovens e consumo”.

Atualmente estudando as manifestações e a relação com as marchas juvenis, a professora Rose apresentou o painel “Narrativas juvenis: jovens como sujeitos de discurso e de ação”. Através do acompanhamento das manifestações e reuniões que os jovens realizam em São Paulo, ela vem analisando como eles se apropriam e utilizam a mídia para se expressar e narrar expectativas e experiências de vida.

Atualmente estudando as manifestações e a relação com as marchas juvenis, a professora Rose apresentou o painel “Narrativas juvenis: jovens como sujeitos de discurso e de ação”. Através do acompanhamento das manifestações e reuniões que os jovens realizam em São Paulo, ela vem analisando como eles se apropriam e utilizam a mídia para se expressar e narrar expectativas e experiências de vida.

Ela destaca ainda o uso que esses jovens – sujeitos de discurso e ações – fazem do próprio corpo, que é percebido como espaço narrativo e expressivo e cita como exemplo de uso político do corpo, o movimento Marcha das Vadias. Para Rose as narrativas juvenis revelam outro modo de fazer comunicação e de utilização das tecnologias e pontua que não se pode pensar a juventude sem pensar a comunicação.

Também estudando as juventudes, a professora Nilda trouxe para a mesa os resultados parciais de sua atual pesquisa “Jovem e consumo midiático em tempos de convergência”. O estudo desenvolvido por equipes distribuídas em todo o país parte de uma visão macro, buscando entender as práticas dos jovens brasileiros na internet. O objetivo é descobrir se as diferenças condicionadas por acessos e contexto diferenciados podem definir práticas distintas no uso das plataformas midiáticas pelos jovens.

Detalhando as etapas da pesquisa, Nilda explicou que em uma primeira fase o objetivo foi reconhecer o cenário onde a pesquisa seria feita coletando informações sobre cada estado e capitais. Em seguida foi realizado um estudo piloto e uma pesquisa exploratória que envolveu entrevistas e a observação dos perfis do Facebook de jovens universitários de cinco estados brasileiros.

Os dados obtidos pela pesquisa exploratória permitiram à equipe da pesquisa conhecer as condições de acesso à tecnologia dos jovens, as atividades mais realizadas por eles, se utilizam simultaneamente mais de um meio de comunicação e quais os conteúdos mais publicados, que foram alocados em categorias. As principais dificuldades do estudo, segundo Nilda, se relacionam à amplitude da pesquisa, a organização das equipes e o acesso aos dados oficiais de cada estado.

Antecipando a próxima etapa do trabalho, a pesquisadora explicou que será aplicado um questionário, com dimensão nacional, buscando atingir jovens de diferentes classes sociais. A aplicação será feita online, com intensa divulgação através de diferentes meios.

Texto: Gabriele Wagner de Souza

Fotos: Laura Quadros e Gabriele Wagner de Souza

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