Nos dias 11, 12 e 13 de outubro, aconteceu a Trigésima Edição das Jornadas de Jóvenes Investigadores da Associação de Universidades do Grupo Montevideo (AUGM), que abrange universidades de seis países: Brasil, Argentina, Chile, Uruguai, Paraguai e Bolívia. A edição de 2023 foi sediada na Universidad Nacional de Asunción (UNA), campus de San Lorenzo, no Paraguai, e contou com mais de 600 jovens investigadores.
A UFSM, por meio da Secretaria de Apoio Internacional (SAI), realizou uma seleção de trabalhos para participarem do evento, seguindo os eixos previstos pelo edital. Ao todo, foram quatro eixos centrais: “Interdisciplinar”, “Ciências Humanas”, “Ciências Exatas” e “Ciências da Vida”, que abarcavam outras 30 temáticas, o que mostrou a interdisciplinaridade do evento.
Na seleção realizada na Universidade, 29 trabalhos foram escolhidos. Destes, 18 foram apresentados no evento, que contou com espaços de discussão, palestras, além de eventos culturais e de integração. A organização do evento destacou a importância da divulgação científica, da troca de saberes e do contato entre a comunidade e a universidade. As falas de abertura e encerramento também destacaram a importância da democracia e de relembrar a história dos países sul americanos, com o objetivo de aprender com o passado. “Una fiesta de la ciencia y del conocimiento” foi o resumo dos três dias.
Para o acadêmico de Serviço Social da UFSM Matheus Silva, foi a oportunidade de conhecer pesquisas do mundo todo. “A troca de experiências proporcionada por eventos dessa magnitude é imensa. No meu eixo temático, que era ‘Educação para a integração’, ao mesmo tempo que tive a oportunidade de conhecer uma estudante do Chile, que se propôs a criar um projeto de educação coletiva em situações emergenciais, tive também a troca com uma aluna de graduação de outro estado que pesquisava a importância de autores contemporâneos para a aprendizagem de história na educação básica”, conta.
A UFSM também esteve entre os destaques da Jornada. Cinco acadêmicos receberam prêmios de melhor apresentação com banners, foram eles: Beatriz Woos Buffon, Carmem Layana Jadischke Bandeira, Maicon Dener da Silva Rodrigues, Natali Morgana Cassola e Rafaela Roberta Morelato. “Tive a oportunidade de conhecer professores da minha área de pesquisa, além dos laboratórios da área de tratamento de água da Universidad Nacional de Asunción. Pude conhecer pessoas incríveis e ainda ganhar um prêmio internacional. Não tenho palavras para descrever a felicidade de ter participado do evento”, conta Rafaela, mestranda de Engenharia Civil na UFSM.
Para Beatriz, acadêmica de Estatística na Instituição, o evento foi marcante para sua formação. “Foi a primeira vez que participei de um evento internacional durante minha graduação e poder ter a oportunidade de representar a Universidade, o projeto StatUFSM, além de levar a Estatística ao alcance de mais pessoas foi excepcional”, destaca. A estudante ainda pontua a possibilidade de contato com colegas e outra cultura: “foram longas horas de viagem de ônibus até chegar em Assunção, mas sem dúvidas ter compartilhado a viagem com várias pessoas da universidade deixou tudo mais divertido e emocionante. Pude aprender sobre outras culturas, conhecer pessoas de diversas nacionalidades, explorar pesquisas que vêm sendo desenvolvidas tanto no Brasil quanto nos demais países participantes”.
Para as próximas edições do evento, os acadêmicos pontuam a relevância de um engajamento ainda maior da Instituição: “espero e luto para que em um futuro próximo tenhamos recursos para todos os estudantes aprovados neste tipo de evento tenham a oportunidade de ir”, relata Matheus, responsável pela organização do transporte que levou os acadêmicos ao evento. “Precisamos de uma universidade pública, de qualidade e com investimento na ciência”, reforça o acadêmico.
Texto: Milene Eichelberger, acadêmica de Jornalismo, voluntária da Agência de Notícias
Edição: Ricardo Bonfanti, jornalista
Fotos: Divulgação