O programa Mulheres Primeiro surge no contexto do projeto de desenvolvimento institucional “Promoção de Justiça de Gênero: uma abordagem institucional para reflexões e práticas individuais e coletivas”, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), campus Frederico Westphalen.
Este projeto iniciou suas atividades em 2021, no mesmo mês em que a UFSM aprovou sua Política de Igualdade de Gênero, com o objetivo de entender como os públicos da UFSM/FW – especificamente docentes, TAES e estudantes – experimentam sua condição de gênero no âmbito institucional. Assim, propõe ações que previnam violências e combatam desigualdades entre mulheres e homens, considerando o repertório dos Estudos Feministas e suas interseccionalidades.
Este ano marca o último da primeira edição do projeto, que, ao longo dos anos anteriores, colheu dados sobre as experiências dos públicos do campus. Constatou-se, por exemplo, que mulheres docentes, técnicas, estudantes e terceirizadas já experimentaram algum tipo de violência de gênero.
Em função disso, as pessoas que integram o projeto – docentes, técnicas, e estudantes bolsistas e voluntárias – desenvolveram atividades como pesquisa, sistematização e apresentação de dados sobre as experiências de gênero dos públicos no campus; capacitações, palestras, participação em eventos científicos e rodas de conversa, como o Café das Gurias.
O programa Mulheres Primeiro surge como mais uma ação do projeto Justiça de Gênero, dedicando esforços para dar visibilidade e valorização às trajetórias das mulheres. Essa abordagem é inspirada na metodologia feminista da história de vida e, no caso do Mulheres Primeiro, tem como fio condutor quatro músicas selecionadas pela convidada.
Entende-se que conhecer os percursos umas das outras gera empatia, identificação e inspiração. As mulheres podem se sentir menos sozinhas diante dos desafios impostos pelo contexto social e institucional, que é machista e sexista. Dentro desse contexto, o programa abre um espaço onde cada convidada mostra o protagonismo de sua história.
O programa conta com o apoio do Observatório dos Direitos Humanos (ODH) da UFSM, por meio das ações de apoio à Casa Verônica. Uma curiosidade sobre o programa é que ele é produzido totalmente por mulheres. Na apresentação, está a Profa. Vera Martins; na parte técnica, a Profa. Mirian Redin de Quadros e a estudante de Jornalismo e voluntária Lisian Santos. Na edição e roteiro, a estudante de Jornalismo e bolsista Isabeau Cotrim, e nas redes sociais, a bolsista Luiza da Conceição Nunes e a voluntária Maria Eduarda Cardomingo, ambas estudantes de Jornalismo.
A vice-diretora do campus de FW e docente do Departamento de Engenharia e Tecnologia Ambiental, Eliane Pereira dos Santos, foi a primeira entrevistada do programa, escolhida para contar sua história e motivar outras mulheres a também contarem as suas. Ela ingressou na graduação em Química Industrial na UFSM em 1994 e segue até hoje na UFSM, agora como professora. As músicas que embalaram a vida dela vão de “Vento Negro” a “Será”.
A segunda entrevistada do programa é a servidora, assistente social e responsável pela qualidade de vida no campus, Graciele Nunes. Ela conta como sua história cruzou com a UFSM/FW e toda a sua importância para a construção desse campus. As músicas escolhidas têm um pouco de Titãs, mas também de Zezé di Camargo e Luciano.
Horários de transmissão:
- Quintas-feiras, às 9h na 800 AM e às 13h na UNI.FM 107.9.
- Sábados, às 11h na Rádio Comunitária de FW, também disponível pelo site da rádio.
Até o momento, o programa conta com cinco episódios lançados, disponíveis no Spotify. Para saber mais e não perder os próximos lançamentos, siga a página do programa no Instagram.