No quinto episódio da nossa série “Papo com o egresso”, conversamos com o Diego Balestrin, graduado desde 2012 pela UFSM/FW e que hoje atua diretamente com a recuperação de áreas degradadas na Vale S/A.
Conta pra gente um pouco da sua trajetória até aqui
Atuei como Assistente Técnico Florestal na Sociedade de Investigações Florestais (SIF/UFV), trabalhando na restauração ecológica de áreas atingidas pelo rompimento da barragem de Fundão em Mariana-MG e atualmente sou Engenheiro Florestal Pleno na Vale, onde apoio as atividades produção de mudas no viveiro da Reserva Natural Vale, auxilio nas ações de recuperação florestal em áreas atingidas pelo rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, MG e no desenvolvimento de pesquisas em silvicultura.
Como é esse trabalho de recuperação das áreas atingidas pelo rompimento da barragem?
Em cada área é um cenário diferente. A recuperação destes ambientes é sempre complexa e desafiadora. Antes de definir as técnicas, modelos de recuperação e espécies vegetais que serão implantadas em cada área, a gente faz uma avaliação prévia das condições locais (topografia, condições edáficas, paisagem, vegetação do entorno, entre outros), para assim definir com maior sucesso as espécies potenciais que poderão ser utilizadas e o melhor modelo a ser aplicado em cada situação.
Como você enxerga a área de engenharia florestal hoje, no sentido de atuação dos profissionais no mercado brasileiro?
A engenharia florestal e o setor ambiental no geral estão atualmente em uma posição de destaque a nível nacional e global, com diferentes temas sendo pautados e discutidos em um nível mais sério e aprofundado. Além disso, as políticas ambientais globais, que pressionam e potencializam metas ambientais mais ambiciosas para as empresas fazem com que estas enxerguem o setor não apenas como uma obrigatoriedade legal, mas sim como um potencial mercado a ser explorado e desenvolvido, o que consolida e beneficia os profissionais da área. Assim, cada vez mais o mercado exige profissionais bem qualificados, proativos e adaptados.
Que atribuições você considera indispensáveis ao engenheiro florestal que trabalha com a recuperação de áreas degradadas?
Proatividade, compromisso, expertise técnica e vivência prática sólida e variada, além de possuir flexibilidade e adaptabilidade para atuação em diferentes áreas e biomas.
Alguma dica para alunos que queiram atuar na mesma área em que a sua?
Ter foco, persistência e motivação, além de buscar direcionar sua carreira desde a graduação (estudos, projetos e capacitações correlacionados a área de seu interesse), para assim, aprimorar cada vez mais suas habilidades.