
O Jardim Botânico da Universidade Federal de Santa Maria registrou, nesta quarta (9), a marca de 2 mil árvores na coleção científica do arboreto. A protagonista deste feito é a Albizia niopoides, árvore da família Fabaceae, conhecida popularmente como angico-branco ou farinha-seca. Nativa do Brasil e extensamente distribuída por toda a América Latina – desde a Mata Atlântica, passando por Cerrado, Pantanal e Amazônia, até chegar à América Central e ao México -, essa espécie representa a riqueza e diversidade florestal.
O angico-branco pode atingir até 35 metros de altura, com tronco de até 80 cm de diâmetro. O caule branco e “esfarelento” definiu os nomes populares. As folhas compostas, inflorescências brancas e frutos em vagens achatadas com 5 a 10 sementes fazem da planta uma joia botânica de valor ecológico e paisagístico inestimável.
Atualmente, o Jardim Botânico conta com 2.025 árvores catalogadas na coleção viva, resultado de um criterioso trabalho de identificação, georreferenciamento e registro técnico. A estimativa é que esse número chegue em breve a 2,2 mil indivíduos, um legado para a conservação da biodiversidade.
A conquista de 2 mil árvores só foi possível graças ao trabalho da equipe técnica, formada pelo professor Renato Aquino Záchia, do Departamento de Biologia, pelo estudante de Engenharia Florestal Vinícius dos Santos e pela servidora Viviane de Oliveira do Jardim Botânico.
O Colégio Politécnico da UFSM tem papel fundamental no georreferenciamento das espécies. O trabalho é coordenado pelos professores Angélica Cirolini e Valmir Vieira .
O Jardim da UFSM também conta com colaboração do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, a partir do sistema JABOT, uma plataforma nacional de gestão de coleções vivas e herbários. O JABOT permite o registro, a organização e o acesso público a dados botânicos de forma integrada. Com isso, fortalece a ciência e a conservação da flora brasileira.
Com fotos e informações do Jardim Botânico da UFSM