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Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Husm completa 30 anos

Simpósio sobre a história e avanços do setor aconteceu na última sexta-feira (4)



foto colorida horizontal de nove pessoas alinhadas lado a lado em pose para a foto, tendo ao fundo uma parede branca
Palestrantes que marcaram presença no evento

Há 30 anos, no dia 4 de outubro de 1994, o Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) foi palco da primeira cirurgia para remoção de um tumor na glândula parótida. Em paralelo à data, o simpósio “Pioneirismo e Desafios Atuais: 30 Anos de Cirurgia De Cabeça e Pescoço” aconteceu na última sexta-feira (4), no anfiteatro da sede administrativa da Unimed, em Santa Maria, a fim de relembrar a trajetória do Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Husm nas últimas três décadas. Na ocasião foi apresentado um vídeo em homenagem ao serviço, que pode ser conferido aqui.

O evento foi organizado pela Liga Acadêmica de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (Laccape) da Universidade Federal de Santa Maria, em parceria com o Husm, e com apoio da Liga Acadêmica de Cirurgia da Universidade Franciscana, da Associação Brasileira das Ligas Acadêmicas de Cirurgia, da Unimed, Unicred e Jomhédica.

Pioneirismo no Hospital Universitário

Em função do alto fluxo de pacientes com patologias nas áreas da cabeça e pescoço, uma mudança foi necessária: um serviço que abrangesse as regiões afastadas da capital do Rio Grande do Sul. “Antes de criarmos o setor de cabeça e pescoço no Husm, em 1994, os pacientes eram encaminhados para Porto Alegre, o que dificultava a abrangência no atendimento a esse tipo de doença”, explica a médica Maria da Graça Caminha Vidal, idealizadora e chefe do Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Hospital Universitário.

A médica revelou que o apoio de seus colegas foi essencial na época. “Tenho muito a agradecer pelas oportunidades que surgiram durante a criação do serviço, em especial ao Dr. Pedro Luiz Cóser (otorrinolaringologista), que confiou na ideia”, conta.

foto colorida horizontal de 15 pessoas, lado a lado, em duas fileiras, outra na frente e outra atrás, um degrau acima, ao fundo um telão pendurado em uma parede branca
Maria da Graça, ao centro da imagem, junto aos integrantes da Liga Acadêmica de Cirurgia de Cabeça e Pescoço

Durante o seu discurso no simpósio, Cóser detalhou a história do serviço. “No início, a Maria da Graça caiu de paraquedas no meu setor e começamos a trabalhar juntos. Nós fomos cedendo os leitos do Hospital para que ela desenvolvesse as técnicas da cirurgia de cabeça e pescoço”, comenta. “Na época, antes de o serviço se consolidar, nós realizávamos os diagnósticos, mas não tínhamos como oferecer tratamento. Isso era angustiante”, desabafa Cóser.

Apesar de avanços, ainda existem desafios a serem superados. “Precisamos de um sistema menos engessado, ou seja, facilitar o acesso dos pacientes às consultas, exames e, se for necessário, às cirurgias e tratamentos posteriores”, afirma Maria da Graça. Em 1997, o Hospital Universitário aprimorou o setor de traumatologia, expandindo para atendimento de traumas na região da cabeça e pescoço.

Ela ainda destacou que o Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Hospital atua constantemente em conjunto com outras áreas da medicina, como a oncologia, fonoaudiologia, odontologia, nutrição, anestesiologia, psicologia, fisioterapia, radiologia e assistência social.

O que você sabe sobre câncer de cabeça e pescoço?

No universo da medicina, o especialista voltado ao tratamento de doenças de cabeça e pescoço abarca uma série de órgão dessa região, como: cavidade oral (boca), faringe, laringe, tireoide, paratireoide, glândulas salivares (parótidas, submandibulares e sublinguais), seios paranasais, fossas nasais, base do crânio, tecidos moles do pescoço e couro cabeludo. 

Conforme dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o Brasil registra cerca de 41 mil novos casos de câncer de cabeça e pescoço a cada ano, além de ser o quinto país com maior número de incidências dessas patologias. Dentre as estimativas, cerca de 15,1 mil são de câncer de boca (cavidade oral), 7,7 mil de câncer de laringe e 16,6 mil de câncer de tireoide.

Para Maria da Graça, a desinformação e a burocracia são barreiras constantes no combate às patologias. “A falta de informação retarda o diagnóstico e consequentemente o tratamento. Apesar das campanhas, como Julho Verde (Mês de Conscientização e Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço), nós ainda temos um sistema muito burocrático, o que dificulta o seguimento do tratamento dos pacientes”, argumenta a especialista.

Sintomas, prevenção e tratamento

Na região bucal, preste atenção em: feridas, com ou sem dor, na língua, gengiva, céu da boca, entre os dentes e lábios, inflamação dentária que não melhora com tratamentos, sangramentos na boca, caroço no pescoço, dor ao engolir ou dificuldades para abrir a boca.

Já na garganta, fique atento para: voz rouca ou perda de voz que não melhora com tratamento, dor de garganta persistente, irritação constante na região, dificuldade ou dor para engolir alimentos ou saliva, dor de ouvido ou sensação de “espinhos” na garganta.

Algumas formas de prevenção são: evitar tabagismo e consumo de bebidas alcoólicas em excesso, manter a higiene bucal, evitar tomar chimarrão ou outras bebidas muito quentes, tomar a vacina contra o papilomavírus humano (HPV) e usar preservativo durante o ato sexual.

Em relação ao tratamento, o diagnóstico é realizado por meio de consultas e exames (ultrassom, tomografia computadorizada, ressonância magnética, arteriografia e embolização). Após isso, o médico especialista decidirá sobre os próximos passos do tratamento, que pode, em alguns casos, seguir para cirurgia, e posteriormente radioterapia e quimioterapia.

Caso você identifique algum dos sintomas mencionados, procure um especialista.

Hospital Universitário de Santa Maria

  • Endereço: Universidade Federal de Santa Maria – UFSM – Av. Roraima, 1000 – Prédio 22 – Camobi, Santa Maria – RS, 97105-900
  • Telefone: (55) 3213-1400

Texto, arte gráfica e fotos: Pedro Moro, acadêmico de Jornalismo e bolsista da Agência de Notícias
Edição: Ricardo Bonfanti, jornalista

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