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Placa em homenagem a professores da Engenharia Florestal é inaugurada em cerimônia na UFSM

A solenidade lembrou o legado dos docentes Fabiano Oliveira Fortes e Felipe Turchetto, do curso de Engenharia Florestal



Professores Fabiano Oliveira Fortes e Felipe Turchetto, da Engenharia Florestal, foram homenageados com placa no CCR

A cerimônia em homenagem aos professores Fabiano de Oliveira Fortes e Felipe Turchetto foi realizada na manhã desta quarta-feira (18) em frente à Biblioteca Setorial do Centro de Ciências Rurais (CCR) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Os docentes foram assassinados em julho deste ano em assalto próximo ao hotel em que estavam hospedados, no município gaúcho de Mato Castelhano – localizado a 23km de Passo Fundo. Fabiano e Felipe participavam de uma saída a campo com um grupo de estudantes de Engenharia Florestal. 

O ato solene começou às 10h, logo após a chegada de dezenas de pessoas próximas aos dois docentes e de autoridades da Universidade e do curso em que Fabiano e Felipe lecionaram, o de Engenharia Florestal. A servidora Alice Wendt, da Subdivisão de Comunicação do CCR, iniciou a homenagem dirigindo-se às famílias das vítimas: “Imagino que as famílias, às vezes, deixaram de ter a presença deles porque estavam envolvidos em atividades acadêmicas. Então, essas palavras são para vocês, em agradecimento por terem disponibilizado desse tempo que eles deixaram de estar com vocês para estar conosco. Era o mínimo que nós podíamos fazer”.

A viúva do professor Felipe, a engenheira florestal Adriana Griebeler, veio do Pará, onde leciona na Universidade Federal Rural da Amazônia, para acompanhar a cerimônia. Muito sensibilizada, Adriana lembrou a trajetória com o marido: “Nós, como familiares, agradecemos pelo carinho e consideração recebida, também pela homenagem realizada”. Ela ainda acrescentou que os dois se conheceram na UFSM em 2013 e que tinham em comum o amor pela engenharia florestal. “Por anos, a Universidade foi nossa segunda casa. O amor pela florestal e dedicação à instituição nos uniu. Foi a base de uma relação de muito companheirismo, compreensão e trabalho mútuo. O Felipe tinha ‘orgulho de ser UFSM’. Sempre teve um carinho imenso pela instituição e por aquilo que fazia, primeiro como aluno, depois como professor. Saber que suas memórias são honradas, de certo modo, é um consolo nesse momento tão difícil”.

A homenagem ocorreu no dia em que o professor Fabiano Fortes completaria 47 anos. Na ocasião, uma placa de metal em memória aos dois professores foi instalada e duas mudas de louro-pardo foram plantadas. Simultaneamente, no campus de Frederico Westphalen e na Universidade Federal do Pampa (Unipampa) foram plantadas duas mudas de araucárias e ipês amarelos, respectivamente.  

O reitor da UFSM, Luciano Schuch, acompanhou a cerimônia e se solidarizou com os familiares de Fabiano e Felipe. À Agência de Notícias, o reitor comentou sobre o momento: “É muito difícil. Nós perdemos dois professores dedicados, jovens, pessoas que viviam a universidade, se dedicavam, praticavam futebol com os estudantes. Então é um momento de muita dificuldade, mas, ao mesmo tempo, é o momento de nos lembrarmos deles. E,através dessas duas árvores e dessa placa, eternizá-los dentro da nossa instituição”.

 

Estudantes e colegas lembraram dos professores

Em lágrimas, Babylon Eduardo Hammes, aluno do 8° semestre de Engenharia Florestal, comentou sobre os docentes: “Eu fui aluno do Fabiano por dois semestres seguidos, e o Torchetto eu conheci ao jogarmos futebol junto. Eram dois caras simplesmente incríveis. Eles estavam ali para tudo que a gente precisava. Eles nunca negavam nada pra gente. Estavam sempre brincando”. 

Segundo o engenheiro florestal, César príncipe Teixeira, amigo de Fabiano desde 1997, o professor era engajado e um entusiasta do curso: “Há seis anos, fundamos a Confraria Florestas, que tem o objetivo de unir a Engenharia Florestal, buscando sempre integrar os mais novos com os mais antigos e promover eventos. Em relação ao Fabiano, qualquer coisa que eu falar sobre ele é pouco. Perdi um irmão. Era uma pessoa muito especial, de bom coração, de boa vontade. Para ele, a Engenharia Florestal era o melhor curso do mundo”.

Texto: Gabriel Barros, estagiário da Agência de Notícias

Edição: Maurício Dias, jornalista

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