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UFSM participa de pesquisa com o uso de biomonitor para análise da qualidade do ar após as enchentes

Centro de Apoio a Ações Integradas para Garantia do Consumo Seguro de Alimentos e Conservação do Meio Ambiente participa do estudo da UFRJ



foto colorida quadrada mostra em detalhe dois vasos transparentes pendurados em um galho de árvore, dentro deles há algo que se assemelha a palha de ninho de pássaros
“Tillandsia usneoides” está sendo utilizada como biomonitor

O Centro de Apoio a Ações Integradas para Garantia do Consumo Seguro de Alimentos e Conservação do Meio Ambiente (SAMA) da UFSM, apoiado pelo Laboratório de Análises de Resíduos de Pesticidas (LARP), iniciou nesta semana a sua participação em uma pesquisa relacionada ao monitoramento da qualidade do ar no Rio Grande do Sul após as enchentes. Este estudo é coordenado pelo Instituto de Biofísica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e conta com a colaboração da Fiocruz, FURG, IF-RS campus Caxias do Sul e da UFSM para sua execução.

Para realizar esse monitoramento, os pesquisadores estão utilizando um biomonitor. Para os cientistas, um biomonitor pode ser qualquer ser vivo (vegetal ou animal) utilizado para avaliar a qualidade ambiental do local escolhido. Os biomonitores são usados em estudos de ecologia e toxicologia ambiental para avaliar a qualidade da água, do ar, do solo e outros componentes do meio ambiente.

No estudo que começou a ser desenvolvido, a Tillandsia usneoides, mais conhecida como “barba de velho” ou “barba de pau”, está sendo utilizada como biomonitor da qualidade do ar. A pesquisa está sendo realizada com a participação de pesquisadores voluntários e em escolas públicas e privadas de 15 cidades do RS (Porto Alegre, Cachoeirinha, Gravataí, Eldorado do Sul, Caxias do Sul, Santa Maria, São João do Polêsine, Itaara, Rio Grande, Pelotas, Lajeado, Estrela, Bom Retiro do Sul, Taquari e Venâncio Aires). Em todos esses locais, os amostradores com o biomonitor foram instalados em áreas externas, ficando expostos por 15 e 45 dias. Após estes períodos, os biomonitores serão recolhidos e enviados à UFRJ para avaliar a poeira e metais fazendo uso de diferentes técnicas de análise.

Essa mesma pesquisa já foi realizada pela equipe do Instituto de Biofísica da UFRJ anteriormente, na cidade de Brumadinho (MG), para monitorar a qualidade do ar após o acidente ambiental que ocorreu naquela cidade em janeiro de 2019. Os resultados das análises permitiram aos pesquisadores observar um aumento de casos de doenças respiratórias e cardiovasculares na região de Brumadinho após a tragédia ambiental.

Mais informações sobre a pesquisa no Instagram do SAMA

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