O reitor Luciano Schuch e representantes do Comitê de Apoio para Eventos Extremos e Emergências (CARE) da UFSM participaram da reunião com o vice-governador do Estado, Gabriel Souza, sobre o Plano Rio Grande para reconstrução, adaptação e resiliência em desastres climáticos, como a enchente de maio. O encontro ocorreu na quinta-feira (11) à tarde, na Câmara de Vereadores de Restinga Sêca. A UFSM já apresentou nove propostas de projetos para a reconstrução do estado, nas áreas de ciências rurais, engenharia e meteorologia.
Antes do início dos trabalhos da Câmara Temática, o coordenador do CARE, Júlio César Cossio Rodriguez, e pesquisadores do comitê se reuniram com o secretário-executivo do Plano Rio Grande, Paulo Salerno, para falar sobre as propostas que já foram submetidas para análise do governo com a explicação dos pesquisadores envolvidos em cada projeto. Ao todo, a iniciativa já possui 19 projetos para prevenção, mitigação e recuperação de emergências climáticas que podem ser encontradas em sua página.
Em sua fala, o reitor destacou a importância de a região ser considerada não só em relação as suas demandas, mas também na proposição de soluções e como um destino de investimento para projetos que muitas vezes ficam restritos à capital e região metropolitana. O objetivo institucional da Universidade é auxiliar na promoção de políticas de desenvolvimento sustentável que possam se tornar referência em âmbito nacional e também mundial, como no caso dos Geoparques da Quarta Colônia e Caçapava do Sul, reconhecidos pela Unesco.
Dos 12 projetos apresentados para o comitê científico do Plano Rio Grande, nove foram apresentados pela UFSM. “Esse número mostra a capacidade da nossa Universidade para colaborar junto ao poder público em diferentes áreas, como o monitoramento meteorológico, hidrologia, agricultura e na preservação e recuperação dos biomas”, afirmou.
Como destacado por Rodriguez, os projetos dos pesquisadores do CARE são pesquisas desenvolvidas há anos na Universidade e têm resultados comprovados, o que destaca a capacidade da Universidade de contribuir de forma ativa na reconstrução e melhorias do estado através do seu conhecimento técnico.
Durante a reunião, o executivo estadual apresentou as análises da extensão dos danos do desastre climático à economia do estado, com previsão de prejuízos de R$ 5 a R$ 10 bilhões somente neste ano com perdas na arrecadação do ICMS. De acordo com as projeções apresentadas, em um cenário de rápida recuperação econômica até 2027, o Estado deve deixar de arrecadar mais de R$ 120 bilhões. Caso a recuperação seja mais lenta, o prejuízo pode passar dos R$ 300 bilhões no mesmo período.
Texto e fotos: Bernardo Silva, estudante de Jornalismo e bolsista da Agência de Notícias
Edição: Ricardo Bonfanti, jornalista