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Com doação de acervo de mais de 2 mil filmes, Filmoteca UFSM ganha vida

Idealizada pelo Cineclube da Boca, a iniciativa pretende disponibilizar acervo à comunidade



foto colorida horizontal de 4 pessoas em um palco, em volta de uma mesa, se preparando para assinar um documento. Se vê de costas pessoas sentadas em um auditório
Assinatura do termo de doação foi realizada durante evento promovido pelo Cineclube da Boca

Na última quarta-feira (3), foi oficializada a doação de um acervo fílmico com mais de dois mil volumes, feita pelo festival Santa Maria Vídeo e Cinema (SMVC), ao Acervo Artístico da Universidade, para a coleção da Filmoteca UFSM. A assinatura do termo de doação ocorreu durante um evento no auditório do prédio 67, que marcou a retomada das atividades do Cineclube da Boca, bem como o lançamento das novas identidades visuais do Cineclube e da Filmoteca (ver imagem abaixo), desenvolvidas pelo designer gráfico Luciano do Monte Ribas. 

Também estiveram presentes o diretor do SMVC, Luiz Alberto Cassol, a vice-reitora, Martha Adaime, o idealizador do projeto, Gilvan Veiga Dockhorn, e a coordenadora de Cultura e Arte da Pró-Reitoria de Extensão (PRE), Vera Lucia Portinho Vianna.

O trabalho para tornar a Filmoteca UFSM uma realidade vem desde o ano passado, quando os 2.278 exemplares físicos, com os audiovisuais que concorreram ao festival entre 2002 e 2012, além de documentos históricos e gráficos, que registram a memória dessas edições, foram levados ao espaço do Acervo Artístico. Desde então, alunos e professores do curso de Arquivologia se juntaram ao projeto, idealizado pelo programa de extensão do Cineclube da Boca, em parceria com a Coordenadoria de Cultura e Arte da PRE, e se dedicam a organizar e catalogar os materiais recebidos. O objetivo é disponibilizá-los à comunidade no futuro.

Primeiros passos

Das várias atividades desenvolvidas pelo programa do Cineclube da Boca, com destaque para as sessões (que ocorrem toda quarta-feira, às 19h, no auditório do prédio 67), a Filmoteca da UFSM surge como mais uma forma de dispor ao público os conteúdos audiovisuais locais e regionais. Ao todo, o acervo deve somar mais de três mil obras, pois além das doações físicas, o diretor do SMVC, Luiz Alberto Cassol, também ofertou os arquivos digitais dos concorrentes das edições de 2018 a 2023 do festival. Produtores locais, como o especialista em cinema Luiz Carlos Grassi, também cederam sua filmografia para integrar a coleção.  

A Filmoteca já está na primeira fase de atividade, que consiste na organização de todo o material doado. O trabalho começou no ano passado, com o transporte do acervo, até então armazenado no subsolo da Cooperativa dos Estudantes de Santa Maria (Cesma), para a UFSM, realizado pela equipe do Acervo Artístico. Depois, foi a vez de mais de 20 estudantes e professores do curso de Arquivologia começarem a separar fitas VHS, CDs, DVDs e mini DVDs, e criar uma listagem com o registro de cada item. A tarefa foi uma parceria entre as disciplinas de “Arquivo, Memória e Patrimônio” e “Ações Patrimoniais em Acervos”, ministradas pelos professores Sônia Constante, Jorge Cruz e Fernanda Pedrazzi.

Planos para o futuro  

Por enquanto, os filmes estão sendo exibidos somente nas sessões semanais do Cineclube, ainda que a ideia do criador e coordenador do programa, Gilvan Veiga Dockhorn, seja disponibilizá-los para a comunidade em geral, independente do vínculo com a Universidade. Porém, ele estima que o processo de catalogação e digitalização dos itens será longo, mas valerá a pena, pois dará início a uma série de novos projetos. Gilvan conta que pretende exibir os filmes em eventos, escolas e começar uma distribuidora de conteúdos. 

Outro projeto de expansão é a conquista de um espaço exclusivo para a Filmoteca, que atualmente está alocada dentro do Acervo Artístico da UFSM, no prédio da Biblioteca Central. O professor também quer buscar bolsistas e colaboradores para montar uma estrutura com computadores e fones de ouvido, que permitam ao usuário escolher o que assistir a partir de um sumário, organizado por temáticas, como questões de gênero, meio ambiente, dentre outras. Realizar amostras para circular também os documentos históricos e gráficos recebidos do SMVC é outra ideia.

História do Cineclube 

O Cineclube da Boca, ao qual a Filmoteca é vinculada, iniciou como um projeto de extensão em 2016 e se tornou um programa extensionista a partir de 2020. Vinculado ao Departamento de Turismo da UFSM, retoma uma tradição de longa data em Santa Maria: os cineclubes. Segundo Gilvan, esse histórico da cidade começa nos anos 50, com o Clube de Cinema, fundado em 1951 pelo jornalista, escrivão, cronista, ator e diretor de teatro Edmundo Cardoso. 

A história continua no final dos anos 70, com o surgimento do cineclube Lanterninha Aurélio, fundado pela Cesma. Depois, nos anos 90, com o Otelo Cineclube, criado pelo Sindicato dos Bancários de Santa Maria e Região. Também se perpetua no novo milênio com o Cineclube Unifra, da Universidade Franciscana, criado em 2003 e extinto em 2011. Hoje, a instituição continua o legado através do Cineclube Odysseia. 

Seguindo a tradição de todas essas atividades do passado, o Cineclube da Boca busca se reunir semanalmente, não apenas para assistir, mas também se apropriar das produções audiovisuais locais e regionais. “Nós temos uma produção grande de cinema que não chega ao público e a função do cineclube é primeiro fazer chegar essa produção ao público e segundo criar um espaço onde as pessoas possam fruir dessa produção cultural”, destaca Gilvan. 

Texto: Julia Weber, acadêmica de Jornalismo, estagiária da Agência de Notícias
Fotos: Fernanda Pedrazzi/Arquivo pessoal
Edição: Ricardo Bonfanti, jornalista

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