A UFSM e a empresa Neoenergia firmaram uma parceria para o desenvolvimento de um projeto com aporte de mais de R$ 450 mil, que visa a conservação de espécies ameaçadas e a restauração de ecossistemas no Pampa gaúcho. O projeto faz parte do Plano de Ações Territoriais (PAT) Campanha Sul e Serra do Sudeste e tem como objetivo principal produzir conhecimento científico sobre a conservação da biodiversidade e a restauração de habitats e ecossistemas, com foco especial em espécies criticamente ameaçadas.
De acordo com a coordenadora do projeto, professora Ana Paula Moreira Rovedder, “estamos montando as equipes, que contarão com alunos de pós-graduação, iniciação científica e pós-doutorado do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Recuperação de Áreas Degradadas (Neprade) da UFSM”. As expedições realizadas no território que abrange o PAT Campanha Sul e Serra do Sudeste têm o objetivo de definir e referenciar as áreas de estudo e apresentar a proposta às comunidades regionais e aos produtores rurais, que poderão ser parceiros do projeto.
A parceria com a Neoenergia proporcionará à UFSM diversos benefícios, como a possibilidade da oferta de bolsas aos pesquisadores de mestrado, doutorado ou pós-doutorado e a aquisição de equipamentos para o núcleo de pesquisa e o desenvolvimento de novas técnicas e conceitos para a restauração de ecossistemas, especialmente os ecossistemas rochosos pouco estudados no Pampa.
A coordenadora destaca que, ao desenvolver e aplicar conhecimentos científicos e técnicas de restauração e conservação de áreas naturais, o projeto contribuirá para a preservação dos ecossistemas e, consequentemente, para a manutenção dos serviços ecossistêmicos, que desempenham um papel fundamental na mitigação dos efeitos das mudanças climáticas. Além disso, as técnicas desenvolvidas também poderão ser aplicadas em outras áreas com características semelhantes, contribuindo para a conservação da biodiversidade e a preservação desses ecossistemas únicos.
Rovedder conclui que, ao final do projeto, espera-se que sejam desenvolvidas técnicas e tecnologias de restauração e conservação adaptadas às condições específicas dos ecossistemas contemplados, contribuindo para a preservação da biodiversidade e a resiliência climática.
Texto: Assessoria de Comunicação da Pró-Reitoria de Inovação e Empreendedorismo