![foto colorida horizontal de um espaço interno, amplo, paredes em tom amarelo, com esquadrias e telhas visíveis, sem forro, pessoas sentadas em cadeiras brancas em formato de U, contornando o espaço, e à frente duas pessoas falando](https://www.ufsm.br/app/uploads/2023/07/943539d6-2ecc-488e-a211-a631fbd55d7b.jpg)
Alunos do primeiro semestre de Medicina da UFSM visitaram o Residencial Dom Ivo, na Vila Maringá, em Santa Maria, para uma aula prática que teve como tema “Determinantes do processo saúde-doença”. A atividade ocorreu em junho.
A visita faz parte, desde 2018, do calendário de aulas da disciplina de Saúde Coletiva 1 do curso de Medicina. A cada semestre, participam 60 alunos do primeiro semestre do curso, em sua primeira atividade prática fora do Campus Sede. A aula de determinantes do processo saúde-doença é ministrada pelo líder comunitário e mestre de capoeira Luiz Antônio Loreto, com mediação da professora da disciplina, Liane Beatriz Righi, do Departamento de Saúde Coletiva (DSC) do Centro de Ciências da Saúde (CCS).
Após a visita à UBS São Francisco, os alunos caminham pelas ruas, indo em direção ao Centro Comunitário do bairro, onde ocorrem as oficinas de capoeira, com o objetivo de enfrentar a violência de gênero e a violência contra as crianças, com a convivência comunitária. Ao projeto das Rodas de Capoeira associam-se outras inciativas: horta comunitária, agrofloresta, criação de espaço para produção de pasto e abrigo dos cavalos utilizados pelos recicladores, remoção do lixo, feira de produtos das hortas, sopão e economia circular com troca de roupas. Cria-se, dessa forma, uma rede para o enfrentamento das dificuldades vivenciadas pela comunidade.
![foto colorida horizontal com o mesmo espaço da foto acima, com algumas crianças sentadas ao chão, e ao centro duas meninas praticam exercícios de capoeira](https://www.ufsm.br/app/uploads/2023/07/ebac0f42-1063-41f8-bb80-decbea4b14b7-e1688480019970.jpg)
Para a formação em saúde, a experiência dá a dimensão da capacidade de produção de saúde. Mostra a importância do conhecimento do território no processo saúde-doença, modificando o olhar clínico do atendimento, antes centrado na doença, para um olhar voltado para os determinantes sociais envolvidos nas condições de saúde da população. Demonstra, ainda, a importância do conhecimento das possibilidades de cuidado que a comunidade produz que podem ser ferramentas essenciais para buscar uma saúde de maneira integral.
Também estiveram presentes na visita a professora substituta Mariane Camargo Priesnitz e a nutricionista Camila Costa Gressler, ambas do Departamento de Saúde Coletiva.
Fotos: Divulgação