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Núcleo da UFSM doa equipamentos para montar agroindústrias em comunidades quilombolas

Foram beneficiadas comunidades quilombolas dos municípios de Salto do Jacuí e Arroio do Tigre



Comunidade quilombola de Salto do Jacuí recebe equipamentos doados pelo Nedet (foto: Fernanda Miranda)

O Núcleo de Estudos e Extensão em Desenvolvimento Territorial e Territorialidades (Nedet) da UFSM, coordenado pelo professor José Marcos Froehlich (dos programas de pós-graduação em Extensão Rural e Ciências Sociais), realizou na última segunda-feira (24) a doação de equipamentos para as comunidades quilombolas de Júlio Borges (de Salto do Jacuí) e Linha Fão (de Arroio do Tigre), localizadas na região Centro Serra do Rio Grande do Sul. Os itens serão utilizados pelas associações quilombolas na montagem de empreendimentos agroindustriais de panificados e de produção de hortaliças. Dentre os equipamentos doados, estão incluídos fogões, forno elétrico, refrigerador, freezer, mesas inoxidáveis, máquina para massas, amassadeira, batedeira e liquidificador. Em valores atualizados, o valor total dos equipamentos ultrapassa R$ 55 mil.

Os recursos para a aquisição dos equipamentos doados às comunidades foram obtidos por meio do projeto “Produção e gestão quilombola em empreendimentos econômicos solidários no território Centro Serra do RS: mediações e tecnologias sociais em contextos de interculturalidade”, financiado por meio da chamada Nº 27/2017, lançada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) em conjunto com o Ministério do Trabalho e a Secretaria Nacional de Economia Solidária.

Os empreendimentos Associação Quilombola Linha Fão, de Arroio do Tigre, e Associação Remanescente de Quilombo Júlio Borges, de Salto do Jacuí, foram incubados pela Incubadora Social da UFSM no período de 2016 a 2021. A previsão era que a doação dos equipamentos ocorresse em 2021, mas a recorrência da pandemia de Covid-19 acabou atrasando esta ação. Conforme o professor José Marcos, “no atual contexto acadêmico brasileiro, esta é uma ação de extensão universitária das mais significativas, no sentido de demonstrar que é possível colocar a ciência e o conhecimento realmente a serviço da inclusão socioprodutiva de parcelas historicamente marginalizadas da sociedade brasileira, como as comunidades quilombolas, contribuindo concretamente para oportunizar geração de trabalho e renda, melhorar as condições de vida e as escolhas que estas pessoas podem fazer e a autonomia que podem alcançar”.

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