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Pesquisa inédita conduzida pela UFSM vai estudar iluminação artificial em flores

Experimento está sendo realizado em uma propriedade em Júlio de Castilhos



foto colorida vertical com uma planta iluminada com luz verde, à noite
Projeto vai gerar informações inéditas que terão aplicação prática
Um projeto de pesquisa para estudar como a iluminação artificial pode melhorar a produção de flores teve início na semana passada. A pesquisa está sendo conduzida na propriedade do casal de produtores de flores Leonir Fátima e Clóvis Fernando de Freitas, em Júlio de Castilhos. O estudo inédito é conduzido pelo Grupo GEDRE – Inteligência em Iluminação, o Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica, a Equipe PhenoGlad da UFSM e a Intral/SA Iluminação Inteligente e vai gerar informações que terão aplicação prática para produtores de flores no Brasil e no exterior.
 
Segundo o professor do Centro de Tecnologia (CT) da UFSM Marco Antônio Dalla Costa, coordenador do grupo GEDRE, o desenvolvimento desse projeto abarcando diferentes grupos de pesquisa da UFSM e uma empresa nacional resultará em transferência de tecnologia da academia para a indústria. Trata-se de um projeto disruptivo, que trará benefícios para a UFSM, para a indústria nacional e para os produtores de flores.
 
Já o professor do Centro de Ciências Rurais (CCR) da UFSM Nereu Augusto Streck, coordenador da Equipe PhenoGlad, explica que a iluminação artificial permite aumentar a produção de flores e, com isso, o produtor pode ter mais renda. “Este projeto vai ajudar a entender que tipos de luminárias dão melhor resultado para a produção de flores diretamente na realidade do produtor, o que é um diferencial no mundo, pois iremos gerar informações on farm“, afirma Nereu. 
 
O projeto tem a participação de alunos de graduação e pós-graduação dos cursos de Engenharia Elétrica, Engenharia Florestal e Agronomia, que coletam dados semanalmente desde janeiro deste ano, quando as primeiras flores foram plantadas, e seguirão coletando dados até dezembro deste ano. 
 

Oficina de arranjos florais

 
A propriedade de Leonir e Clóvis, onde está sendo realizado o experimento em iluminação artificial, sediou na semana passada uma oficina técnica sobre arranjos florais. O evento fez parte da 11ª fase do projeto Flores para Todos, que está em andamento de Norte a Sul do Brasil desde janeiro.
 
Segundo o professor Streck, coordenador nacional do Flores para Todos e da Equipe PhenoGlad, a oficina fez parte da etapa avançada de qualificação dos produtores do projeto. “Os produtores iniciam no projeto aprendendo a cultivar flores de corte de forma sustentável, depois constroem sua clientela e agora são qualificados com as técnicas mais modernas e mundialmente usadas na arte floral”, explica. “É com a arte floral que os agricultores agregam valor às flores que produzem, gerando renda na propriedade e assim tendo sustentabilidade social, ambiental e econômica”, acrescenta.
 
O Flores para Todos é o maior projeto inclusivo de extensão da floricultura brasileira. Desde o início, em 2018, o projeto já alcançou 301 famílias rurais e 49 escolas do campo em 16 estados brasileiros mais o Distrito Federal.
 
Fotos: Divulgação
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