Na última quarta-feira (19), 26 crianças visitaram a 1ª Exposição Interativa de Brinquedos Tradicionais e Artesanais, promovida pela Biblioteca Setorial “Professora Carmen Silveira Netto” do Centro de Educação (BSCE). As crianças são participantes do Projeto Núcleo de Apoio à Família – Aldeias Infantis SOS. Passaram pela mostra uma turma de 15 crianças pela manhã e outra de 11 crianças pela tarde, de diversas idades. A professora responsável pelos alunos, Grazieli Cardoso, foi a idealizadora da visita. Ela já conhecia a biblioteca por ser egressa da UFSM e ter sido bolsista da BSCE por 3 anos, ao longo de sua graduação. Segundo ela, é algo que atinge a todos: “quem é mais velho tem nostalgia, tem vários brinquedos aqui que eu brincava quando tinha a idade deles [crianças visitantes] e nunca mais brinquei”, conta a professora.
A mostra ocorre durante todo o mês de outubro, nas dependências da própria biblioteca, que fica na sala 3166 do Centro de Educação (prédio 16 do campus sede), para visitantes da universidade e da comunidade externa. A exposição conta com diversos brinquedos antigos: pião, carrinho de rolimã, arquinho, fantoches, casa de bonecas, bola de gude, dominó, pega vareta, jogos de cartas, bilboquê, damas, xadrez, bonecas de pano, ioiô, cama de gato, entre muitos outros. Também estão expostos brinquedos artesanais, feitos a partir de materiais recicláveis. Os visitantes, além de brincar, podem aprender sobre a história de cada brinquedo, por meio dos papéis dispostos junto a eles na exposição. Na hora de brincar, os pequenos tiveram o acompanhamento do assistente em administração Altair Groff, servidor da BSCE, e da recreacionista Leila Portella Fronza, do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Educação e Infância (Nepei).
Segundo a integrante do Aldeias Infantis SOS Kauane Xarão, de 13 anos, foi uma experiência positiva, não só por conhecer a biblioteca, mas a UFSM em geral. “Meu brinquedo favorito foi o arquinho, não conhecia ele, mas gostei muito. Eu gostei bastante, até porque aqui tem muitos livros legais. Foi uma tarde muito divertida.”
Para a Coordenadora da BSCE, Anna Claudia da Costa Flores, a descontração tem que fazer parte da vivência da biblioteca, bem como a integração com a comunidade. “É uma biblioteca para adultos? É. Mas tem momentos que nós temos que ter com a comunidade. E antes conversamos com eles, explicamos o que é isso aqui, contamos que daqui um tempo eles podem estar aqui como alunos da UFSM”, relata a bibliotecária.
O objetivo da atividade é o resgate cultural e histórico sobre brinquedos de outras épocas, dentre eles, muitos que não fazem parte do mercado atual. Também pretende dar destaque para o papel do brinquedo como instrumento socializador. Além disso, busca promover o engajamento das comunidades acadêmica e externa na defesa do direito à brincadeira como prerrogativa fundamental da infância, ressaltando o papel social, educativo e, acima de tudo, lúdico dos brinquedos tradicionais e artesanais, como alternativas às brincadeiras mediadas por tecnologias digitais.
Também busca fazer com que o usuário possa valorizar as possibilidades de apropriações criativas manifestadas através da construção de brinquedos utilizando materiais diversos, como sucata, retalhos, papel, etc. O reaproveitamento de materiais, além de estar em sintonia com uma consciência ambiental, preocupada com a destinação dos resíduos sólidos, também tem como essência a criação, tanto por parte do educador como por parte das crianças, de novas propostas, novos olhares, novas possibilidades de recombinação de elementos diversos através do brincar com estes elementos.
A exposição ocorre até o fim do mês, e pode ser visitada gratuitamente por todos, na Biblioteca Setorial do Centro de Educação, que funciona de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 21h, sem intervalo. Turmas de escolas e outros projetos podem entrar em contato com a coordenação para agendar visitas pelo telefone (55) 3220-8889. Mais informações sobre a biblioteca e sobre a exposição podem ser encontradas no perfil da BSCE no Instagram.
Texto e foto: Ana Laura Iwai, estudante de Jornalismo e bolsista da Agência de Notícias
Edição: Lucas Casali
