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Avaliação da CAPES atesta excelência de programas de pós-graduação da UFSM

25 programas de pós-graduação tiveram aumento de conceito na avaliação



A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) divulgou o resultado da Avaliação Quadrienal dos cursos de pós-graduação referente ao período 2017-2020. A UFSM obteve resultados positivos expressivos, com aumento da nota em 25 Programas de Pós-Graduação (PPGs).

Dos PPGs da UFSM analisados pela Capes, 4 obtiveram conceito 7, nota mais alta na avaliação. Os programas de pós-graduação em Medicina Veterinária e Química mantiveram o conceito já obtido em avaliações anteriores e os programas de Ciência do Solo e Engenharia Elétrica aumentaram a nota de 6 para 7. Além destes, a UFSM também possui outros três programas com conceito 6: Agronomia, Biodiversidade Animal e Ciências Biológicas: Bioquímica Toxicológica. Outros 21 programas possuem conceito 5, indicando grande qualidade e consolidação em suas áreas.

Os passos em direção ao grande objetivo

Ao todo, 25 PPGs da Universidade aumentaram a nota nesta avaliação. Nove cursos que antes possuíam apenas mestrado, por terem elevado sua pontuação, poderão propor doutorado. Em reunião de conselho com os coordenadores dos PPGs, o reitor, Luciano Schuch, comemorou o resultado da Universidade, ao mesmo tempo em que alertou para indicadores fixos, os quais são cruciais para que a Instituição alcance um de seus objetivos propostos no Plano de Desenvolvimento Institucional: a nota 5 no Índice Geral de Cursos (IGC) do Ministério da Educação (MEC). Ao final do semestre, com a boa avaliação dos PPGs da UFSM na CAPES e com o resultado do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE), a UFSM pode subir de posição. 

Para isso, Schuch entende que, para além de criar novos programas, o crucial neste momento é o fortalecimento e consolidação dos já existentes. Na mesma perspectiva, a  Pró-Reitora de Pós-graduação e Pesquisa, Cristina  Nogueira, afirma que o momento é de qualificar os PPGs. “O nosso grande objetivo é qualificar, porque nós já temos programas de pós-graduação em quase todas as áreas do conhecimento, cerca de 70 ou 80%”, esclarece. Outra possibilidade elencada pelos gestores é a fusão de PPGs, para evitar a sobreposição de áreas. “Nossa gestão estuda fundir PPGs e deixá-los mais fortes, consolidados e de excelência”, destaca Cristina. 

Momento histórico e de consolidação

Para a Pró-Reitora, esse é um momento histórico, pois há 20 anos a quantidade e a qualidade dos programas vem aumentando. Também, ela acredita que as notas refletem um amadurecimento da comunidade acadêmica, aliado ao papel das gestões anteriores, as quais “pavimentaram o caminho”, como diz Cristina. Para a continuidade desse progresso, ela analisa que deve-se fazer um trabalho sério, a fim de que os altos conceitos se mantenham e os médios os alcancem, pois já se passaram dois anos para o próximo quadriênio e, assim “é como se estivéssemos olhando uma foto de dois anos atrás. E neste período, os programas já estão produzindo mais ainda”, explica. 

Agora, a partir desta avaliação, a UFSM está com 48,3% de cursos consolidados. Isto é, programas com conceito a partir de 5. Ao comparar com avaliações anteriores, pode-se notar que a maioria costumava ser conceito 3 a 4, com apenas 20% dos cursos consolidados. “Agora nós fizemos essa virada, por isso é histórico. Mas também não se consolidam programas do dia para a noite. Então nós estamos colhendo os frutos de um trabalho sério desenvolvido ao longo dos anos”, celebra a Pró-Reitora. 

Por trás dos números, muita dedicação

  • Biodiversidade: Um dos programas que mais se destacou na avaliação da CAPES foi o PPG em Biodiversidade Animal. Isso porque sua nota deu um salto desde a última avaliação: estava com 4 em 2016, e agora está com 6. Uma realização para o seu coordenador, o professor André Schuch. Para ele, isso se deve ao foco do programa na qualidade da formação dos alunos e na elaboração de relatório na plataforma Sucupira – quando a CAPES recebe informações para realizar sua avaliação. 

Ao longo dos cinco anos à frente da coordenação, André exalta o apoio dado pelo pessoal da PRPGP. Entre as metas futuras, está o trabalho na divulgação internacional do programa. A fim de continuar sua crescente, o coordenador pretende usar as novas ferramentas propostas pela UFSM para promover seu planejamento e autoavaliação. “Antigamente, fazíamos tudo na mão mesmo. Agora temos software para nos ajudar a comparar com outros programas”, aponta, complementando que a luta por mais recursos para projetos e bolsas acadêmicas sempre será fundamental. 

  • Medicina Veterinária: Já é a terceira vez que o Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (PPGMV) recebe o conceito 7 pela CAPES. A coordenadora, Fernanda Silveira Flores Vogel, acredita que a nota traduz o trabalho da comunidade científica e a seriedade da coordenação. Um dos méritos do programa é o fato dos artigos científicos serem publicados em periódicos de alto valor de impacto e possuírem alta taxa de citação. 

A internacionalização não fica de fora do PPG. O programa é consolidado em diversos países como Estados Unidos e Canadá, além de suas parcerias com o CAPES-PrInt. O  PPGMV tem em seu corpo docente dois professores visitantes dos países mencionados. Fernanda também destaca o foco na formação dos acadêmicos, que saem do PPG com grande qualificação: “Além disso ressalta-se a qualidade dos nossos egressos. A maior parte estão bem colocados no mercado de trabalho”, conta. 

  • Química: Na  Pós-Graduação em Química a história não é diferente, manteve-se a nota máxima. O coordenador, Cezar Augusto Bizzi, atribuí o feito à comunidade acadêmica, como os docentes, estudantes e servidores. Ademais, ele define a pesquisa realizada no PPG como “na fronteira do conhecimento”, devido ao seu nível avançado, o qual é comparável à produção científica  internacional. Como resultado, observa um corpo docente motivado, que trabalha incansavelmente, e um corpo discente que dá suporte para que a pesquisa aconteça através de seus trabalhos na pós-graduação, exalta Bizzi. “Basicamente, a ‘máquina’ funciona nessa motivação constante que nós temos das pessoas, tanto professores como e estudantes, para que a pesquisa seja feita com o máximo de qualidade possível” reitera. 

Sobre a manutenção do conceito 7, o professor entende que é um reconhecimento do trabalho realizado a longo prazo e que possui grande destaque, também, no cenário internacional. Para ele, esse aspecto é fundamental, pois atrai a atenção de pesquisadores de todas as partes, em uma procura crescente, a qual gera um senso de estrutura da Instituição cada vez mais aprimorado, orgulha-se o coordenador. 

  • Engenharia Elétrica:  A Pós-Graduação em Engenharia Elétrica (PPGE) também é referência em qualidade, principalmente agora que subiu do conceito 6 para o 7. Porém, nem sempre foi assim. Nos anos 90, o programa recebeu uma recomendação de fechamento do curso por parte da CAPES. Isso fez com que um grupo de professores da época se organizassem e trabalhassem com um planejamento estratégico com foco nos indicadores da CAPES a fim de reverter a situação. O coordenador, Marco Antônio Dalla Costa, conta que, desde então, todas as ações foram feitas não só para recuperar o conceito favorável da CAPES, mas também para atingir a nota máxima. “Isso é resultado de um planejamento realizado há cerca de 30 anos, que passou desde uma recomendação de descredenciamento do programa a um dos principais em nível de excelência”, explica.  

Para a consolidação da nota 7, a internacionalização mais uma vez tem papel fundamental, através de diversos projetos de cooperação internacional realizados pelo PPGE nos últimos anos. Marco Antônio reconhece, também, o papel de se relacionar com a indústria nacional, buscando financiamentos de empresas e concessionárias de energia, seja para melhorar a infraestrutura de laboratórios, seja para promover bolsas para alunos trabalharem em projetos. Paralelamente, o professor ressalta que essa conquista só foi possível com o apoio de toda a PPGE e seus componentes, como professores, alunos e técnicos-administrativos em educação. 

  • Ciência do Solo: o Prógrama de Pós-Graduação em Ciência do Solo (PPGCS) subiu sua avaliação de 6 para 7 neste quadriênio. O coordenador, Rodrigo Josemar Seminoti Jacques, atribui esse resultado a um trabalho de longo prazo desenvolvido por docentes, TAES e acadêmicos vinculados ao PPGCS, que estão extremamente comprometidos com a constante melhoria do programa. “É um processo de planejamento estratégico complexo, de engajamento da comunidade acadêmica com a qualificação do programa. São todos trabalhando na mesma direção, em busca de resultados de qualidade”, explica o coordenador.

A internacionalização também é citada como ponto fundamental dessa nota. O PPGCS conta com docentes estrangeiros e viabiliza o intercâmbio de acadêmicos para outros países, além das publicações em revistas bem conceituadas e de alto impacto. Como resultado o coordenador afirma que agora as portas podem se abrir para maiores investimentos, tanto governamentais como de agências privadas, novas oportunidades ligadas ao setor produtivo, parcerias, trocas com outros programas de excelência, além de um maior reconhecimento por parte dos estudantes que buscam qualificação na área. Para Rodrigo o desafio que se impõe agora é a manutenção desta nota. “Não vamos nos acomodar, queremos manter a excelência! Seguimos discutindo e buscando melhorias para o programa. Esse processo é contínuo”, finaliza. 

Como funciona a avaliação dos PPGS feita pela CAPES 

Ligada ao MEC, a CAPES é responsável pelo fomento, regulação e avaliação da pós-graduação no Brasil. A cada 4 anos uma avaliação  dos programas é realizada. Os resultados apresentados agora são referentes aos anos de 2017 a 2020 e servem de referência para a concessão de auxílios por parte das agências de fomento, indicar o estágio de desenvolvimento e a qualidade de cada programa. O conceito pode fazer com que os programas possam abrir novos cursos, ganharem ou perderem bolsas ou mesmo serem descredenciados.

Dentre os critérios gerais de avaliação estão a produção científica de docentes e discentes, publicação em revistas com bom Qualis, formação do corpo docente e discente, além do impacto social do programa. 

Depois da avaliação, os PPGS são classificados em conceitos que variam entre 1 e 7. Quando os programas recebem o conceito 1 ou 2, têm a autorização de funcionamento cancelada e perdem o reconhecimento dos cursos que oferecem. A nota 3 implica em um desempenho regular, atendendo ao padrão mínimo de qualidade. O conceito 4 é considerado um bom desempenho e é o valor exigido para que um programa possa ofertar doutorado. A nota 5 significa que o programa é muito bom, sendo a máxima para PPGs que ofertam apenas mestrado. Os conceitos 6 e 7 atestam a excelência de um PPG em nível internacional e essas notas só podem ser alcançadas por PPGs que oferecem doutorado.

 

Texto: Gabrielle Pillon, estudante de jornalismo e bolsista da Agência de Notícias
Edição: Mariana Henriques, jornalista

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