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Projeto de extensão Esperançando foi pauta de reunião na Câmara de Vereadores de Santa Maria

Representantes da UFSM apresentaram proposta de criação de uma república para os jovens que, aos 18 anos, deixam as instituições de acolhimento



O Esperançando, projeto de extensão da UFSM que busca ajudar adolescentes e jovens de instituições de acolhimento de Santa Maria na transição para a vida pós-acolhimento, esteve em pauta em reunião na Câmara de Vereadores de Santa Maria realizada em junho. O pró-reitor de Extensão, Flavi Ferreira Lisboa Filho, a coordenadora do Esperançando, Alice Farias, e o chefe do Observatório dos Direitos Humanos (ODH) da UFSM, Victor Lopes, estiveram reunidos com a presidenta da Comissão dos Direitos Humanos, Marina Callegaro, para discutir a proposta de criação de uma república para os jovens que, ao completarem 18 anos, precisam deixar as instituições de acolhimento da cidade.

A proposta de uma república representa uma opção segura de moradia para os jovens recém-saídos das instituições de acolhimento e que não têm para onde ir, conforme destacou o pró-reitor. Ele relatou que muitos jovens, quando completam 18 anos, ficam em uma situação de desamparo, e comentou ainda que esse público vive em uma vulnerabilidade social muito grande, o que compromete seu futuro.

Marina Callegaro parabenizou o trabalho desenvolvido pela UFSM e disse que a comissão pode se debruçar sobre o tema e encaminhar um projeto sugestão ao Poder Executivo futuramente.

Recentemente, o Esperançando também obteve destaque com uma reportagem publicada pela Zero Hora que abordou desafios e conquistas do projeto, que está ativo desde 2019 e tem conseguido atravessar a pandemia mantendo vínculos com os adolescentes participantes, apesar de todas as dificuldades impostas pela Covid-19.

A professora do Ctism Raquel Bevilaqua, colaboradora do Esperançando, destaca a importância de que mais pessoas conheçam a realidade de adolescentes que vivem nas instituições de acolhimento de Santa Maria. “Não é todo mundo que sabe que a cidade tem duas instituições que acolhem menores que tiveram seus direitos fundamentais negligenciados ou violados no seio de suas famílias de origem. Muitos também desconhecem que, aos 18 anos, os adolescentes que não puderam retornar às famílias de origem nem foram adotados precisam deixar essas instituições com pouco ou nenhum preparo para a vida adulta”, afirma.

Atuando em quatro eixos – renda, educação, cidadania e moradia -, o projeto, que conta com a colaboração de servidores da UFSM e voluntários, desenvolve inúmeras ações que visam auxiliar adolescentes e jovens a estarem melhor preparados para deixarem os abrigos aos 18 anos.

Mais informações sobre o projeto no Facebook.

Com informações da Assessoria de Comunicação da Câmara de Vereadores de Santa Maria

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