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O Homem que virou suco será exibido neste sábado na TV Campus



 

Neste sábado, 12 de maio, às 22h,  a TV Campus (Canal 15 da Net) exibirá "O Homem que virou suco" , de João Batista de Andrade. A obra será reprisada no domingo, às 17h. 

O Homem que virou suco (90 min., 1980) foi vencedor de vários festivais (Festival Internacional de Moscou, Festival de Gramado, Festival de Brasília e de Huelva, Espanha), tendo sempre destaque o trabalho de direção, o roteiro e o ator, com uma atuação brilhante de José Dumont. 

O filme foi lançado no circuito cineclubista e essa experiência alternativa de exibição tem história na obra do diretor João Batista de Andrade;  começou com o movimento do Cinema de Rua. Nele, Batista realizou pequenos filmes temáticos– sobre segurança no trabalho, a questão dos migrantes, a questão do transporte, etc. –, que foram exibidos em todo o Brasil com apoio da sociedade civil. Essa experiência consolidou a Dina Filmes, distribuidora do Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros (CNC), que mais tarde teve importante papel na distribuição de filmes ligados ao movimento operário do ABC, como Greve, outro filme de João Batista de Andrade. 

O Homem QueVirou Suco, no entanto, foi a primeira experiência com longa-metragem. No seu conjunto, essa experiência do cineclubismo brasileiro foi uma das maiores e mais interessantes tentativas de superar o oligopólio da distribuição e exibição de filmes no Brasil, cujas salas são formatas  para exibir um único tipo de filme excluindo o cinema brasileiro de apelo popular. 

O interessante no cinema de João Batista de Andrade  é  que  o  cineasta  nunca  confundiu  público com mercado. Por isso, apesar de sua vontade em dialogar com o público e fazer um cinema popular, Batista nunca o submeteu ao absolutismo das regras únicas do mercado, que tentam naturalizar a situação atual desse segmento,como se essa fosse a única alternativa comercial realista para os filmes produzidos. Para Batista, as regras do mercado são limites com os quais seus filmes dialogam e não cadeias às quais ele deve estar submetido. Batista entendeu que um filme diferenciado pode e deve encontrar seu próprio público e conquistar seu próprio mercado. Uma das coisas mais interessante em O Homem Que Virou Suco é que o sucesso do filme  não veio apenas do circuito tradicional de salas e sim do circuito alternativo. Esse filme é a prova de que bons filmes devem procurar seu próprio público e não se submeter ao padrão atual de público das salas de cinema.

Sinopse:

Deraldo (José Dumont) , poeta popular recém-chegado do Nordeste a São Paulo, sobrevivendo de suas poesias e folhetos é confundido com o operário de uma multinacional que mata o patrão na festa que recebe o título de operário símbolo. O filme aborda a resistência do poeta diante de uma sociedade opressora, esmagando o homem dia-a-dia, eliminando suas raízes.

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