Com pesar, comunicamos o falecimento de Ana Maria Primavesi, ocorrido no dia de hoje, 05 de janeiro, aos 99 anos de idade. Nascida na Áustria (1920), atuou como docente da Universidade Federal de Santa Maria, Centro de Ciências Rurais, entre os anos de 1961 e 1974, onde ministrou aulas e realizou pesquisa sobre produtividade de solos, deficiências minerais, agrostologia, além de coordenar o Laboratório de Biologia e de Análise de Solos. Juntamente com Artur Primavesi, seu esposo, participou da criação do Instituto de Solos e Culturas e o primeiro curso de pós-graduação em agronomia: “Biodinâmica e Produtividade do Solo”, com vasta e relevante produção científica. Pesquisadora e extensionista, é reconhecida como a pioneira da agroecologia e traz em sua trajetória a liderança genuína e a capacidade de mobilizar e transformar. Em 1960, extrapolou os limites dos campos da ciência e participou da produção do filme “A Vida do Solo”, destinado à educação ambiental. Entre inúmeras produções científicas, comunitárias e premiações, seu grande legado é o ensinamento de que o solo é um organismo vivo, com o qual interagimos e dele dependemos para existirmos com saúde e nos desenvolvermos como humanidade. Em 2018, a Universidade Federal de Santa Maria concedeu prêmio de Destaque Extensionista à professora Ana Primavesi, mãe da agroecologia.
O Gabinete do Reitor decretou luto oficial de três dias, a contar de 5 de janeiro de 2020.
A Pró-Reitoria de Extensão também emitiu uma nota sobre o falecimento de Ana Primavesi.
Foto: disponível na biografia Ana Maria Primavesi: histórias de vida e agroecologia, de Virgínia M. Knabben.