Um estudo publicado nesta quarta-feira (14) no periódico científico Scientific Reports, do grupo Nature, apresentou uma nova espécie de esfenodonte que viveu durante o período Triássico, entre 237 e 228 milhões de anos atrás. O fóssil foi encontrado no município de Candelária (RS). O estudo foi liderado pela paleontóloga Annie Hsiou, da Universidade de São Paulo (USP), e contou com a participação de diversos pesquisadores, incluindo o paleontólogo Flávio Pretto, do Centro de Apoio à Pesquisa Paleontológica (Cappa) da UFSM.
Além da USP e UFSM, o trabalho é fruto da colaboração de pesquisadores das seguintes instituições: Midwestern University, dos EUA; Alberta University, do Canadá; Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Museo Argentino de Ciencias Naturales Bernardino Rivadavia, da Argentina; Universidade Federal de Sergipe. A pesquisa teve ainda o apoio do Museu Municipal Aristides Carlos Rodrigues, de Candelária.
Os esfenodontes são um grupo de répteis atualmente restritos à Nova Zelândia, representados pelo tuatara Sphenodon (que inclui apenas duas espécies viventes). No passado, como atestam os fósseis, o grupo foi muito mais diverso e teve uma distribuição quase cosmopolita. O novo achado, batizado de Clevosaurus hadroprodon, representa a mais antiga espécie de esfenodonte registrada na porção sul da pangeia. Ainda sugere que a América do Sul foi palco importante no primeiro pulso de diversificação dos esfenodontes, ainda no período Triássico.
O artigo em questão está disponível no endereço www.nature.com/articles/s41598-019-48297-9.