A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), vinculada ao Ministério da Educação (MEC), anunciou nesta terça-feira (4), que efetuou o congelamento de 2.724 bolsas de mestrado e doutorado a partir de junho. Conforme o comunicado, as bolsas congeladas são de cursos que obtiveram nota 3, em duas avaliações consecutivas da Capes, ou dos que tiverem queda de nota 4 na Avaliação Trienal de 2013 para 3 na Avaliação Quadrienal de 2017. Em todo o país, foram congeladas 2.331 bolsas de Mestrado, 335 bolsas de Doutorado e 58 de Pós-Doutorado.
Na UFSM, foi feito um congelamento de 35 bolsas. São bolsas de mestrado dos programas de Pós-Graduação em Ciências da Computação, Matemática e Agrobiologia. Os dois primeiros obtiveram nota 3 em duas avaliações consecutivas da Capes, enquanto Agrobiologia teve uma queda de nota 4 para 3 na última avaliação. O curso de Ciências da Computação possuía 22 bolsas e passou a 7, já Matemática de 12 permaneceu com 4 e Agrobiologia, que contava com 18, ficou com 6. Isso representa um congelamento de quase 70% do total de bolsas de mestrado desses 3 cursos.
Segundo o pró-reitor adjunto e coordenador de Pós-Graduação da Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa da UFSM, Thiago Machado Ardenghi, qualquer congelamento que ocorra na educação tem o impacto direto e indireto na vida das pessoas. “O impacto direto é você ter novos talentos que talvez não irão conseguir fazer esses cursos, é uma possibilidade de conhecimento que pode ser represado. São pessoas que poderiam fazer cursos na UFSM, mas que não virão porque não possuem condições financeiras de se manter na cidade. Tem o impacto nestes cursos que estavam se organizando para subir de nota na avaliação e indireto para toda a comunidade, pois acaba influenciando na economia da cidade” aponta.
CAPES PrInt – O governo também bloqueou parte das bolsas do Programa Institucional de Internacionalização (Capes PrInt): das 5.913 previstas para 2019, serão ofertadas 4.139. O programa, que teria quatro anos de duração, passa a ter cinco anos de validade.
No programa Capes PrInt ocorreu um remanejo do aporte financeiro das bolsas, o qual foi indicado pelo governo. Na UFSM, 35 bolsas, das 99 previstas para 2019, foram realocadas para 2023. O maior impacto nas bolsas do Capes PrInt foi nas da categoria de Doutorado Sanduíche, com um percentual médio de congelamento de 65% do total de bolsas.
O Capes PrInt é um programa novo, implementado na UFSM em 2018. O programa tem o intuito de desenvolver e fomentar o avanço institucional da internacionalização nas Instituições de Ensino Superior brasileiras, estimulando a competitividade e a visibilidade da produção científica do País. Os recursos financeiros disponíveis permitem às Universidades participantes custear missões de trabalho e bolsas de pesquisa no Brasil e no exterior, além de assegurar recursos de custeio para a manutenção das pesquisas.
De acordo com a Capes, parte dos recursos do PrInt são repassados diretamente às instituições, os quais estão mantidos. Contudo, o bloqueio ocorre nas bolsas, oferecidas tanto para brasileiros estudarem no exterior quanto para estrangeiros estudarem no país.
Texto: Assessoria de Comunicação do Gabinete do Reitor