Dezenas de pessoas prestigiaram na noite de ontem (24) uma discussão sobre a Constituição Federal de 1988 no auditório do prédio 74C, no campus sede da UFSM. A mesa de abertura, que teve a mediação do professor Cleber Martins, do curso de Ciências Sociais da UFSM, contou com a presença do professor da Universidade Estadual do Oeste do Paraná Osmir Dombrowski e da professora Carolina Lisowski, coordenadora do curso de Direito da Faculdade Palotina. Em sua 3ª edição, que se estendeu até esta quinta-feira (25), a Jornada de Ciência Política integrou a programação da 33ª Jornada Acadêmica Integrada (JAI).
Intitulado “Constituição e Reformas: Ganhando e Perdendo Direitos”, o painel colocou em pauta uma reflexão acerca da Constituição Federal. A partir disso, propôs à comunidade acadêmica um espaço de debate e análise da relação entre os direitos e o processo político brasileiro, com base nos 30 anos da Constituição, comemorados neste mês. “Qualquer evento acadêmico, em qualquer época, tem a finalidade de mostrar que é possível debater as questões políticas de forma independente, principalmente na atual conjuntura que vivemos agora”, destaca o professor Cleber Martins.
Os painelistas falaram sobre o processo de construção da Constituição e da importância e representatividade que ela exerce em uma sociedade democrática, através dos limites e diferenças estabelecidos por suas normas. De acordo com a constitucionalista Carolina Lisowski, “a Constituição questiona o caráter ético da sociedade, questiona o poder da corrupção e firma capacidade de resistência frente às adversidades políticas que o país passa ao longo desses 30 anos.”
Através dessa temática, a jornada buscou abrir perspectivas para debater diversos fatores explicativos sobre a construção do processo político brasileiro com as ideias de professores, acadêmicos e demais participantes.
A atividade foi organizada pelo Núcleo de Pesquisa e Estudos em Ciência Política e Núcleo de Estudos Democracia e Desigualdade, com a parceria dos cursos de licenciatura, bacharelado e pós-graduação em Ciências Sociais.
Texto: Pablo Iglesias, acadêmico de Jornalismo e bolsista da Agência de Notícias