Chamada também de síndrome da resistência à insulina, ou síndrome X, a Síndrome Metabólica corresponde a um distúrbio complexo e é representada por um conjunto de fatores de riscos cardiovasculares – pressão alta, obesidade, colesterol e triglicerídeos elevados –, usualmente relacionados à deposição de gordura central e à resistência insulínica.
A doença é cada vez mais comum e seus efeitos são muito danosos. Pensando em reverter esse quadro, teve início, na UFSM, o projeto Efeitos de um programa de exercícios físicos orientados e do acompanhamento nutricional individualizado sobre alguns fatores de risco da Síndrome Metabólica, iniciativa que reiniciou suas atividades nesta semana.
O programa, coordenado pela professora doutora Daniela Lopes dos Santos, do Núcleo de Estudos em Exercícios Físicos e Saúde (NESEFIS) do CEFD visa o controle da doença. Para isso, o projeto associa a alimentação adequada à prática regular de exercícios físicos buscando melhorar a qualidade de vida dos participantes.
O projeto
Em 2007, Felipe Cureau e Lisiane Vargas, alunos do curso de Educação Física e da professora Daniela, demonstraram interesse em montar um projeto que envolvesse avaliação nutricional com obesidade. O programa evoluiu e resultou em estudos sobre a Síndrome Metabólica.
Os voluntários que participam do projeto têm de ter acima de 18 anos e pelo menos três indicadores da síndrome. O grupo realizará exercícios físicos monitorados (musculação e aeróbicos) e acompanhamento nutricional ao longo do ano, mas em momentos distintos, explica a professora: “Já trabalhamos com grupos que faziam todas essas atividades em um mesmo período, entretanto, com isso não se podia determinar quais resultados eram da musculação, nutrição ou dos exercícios aeróbicos”.
A sistemática adotada neste ano voltou a ser a de grupos separados, como no início do projeto, para que os resultados de cada atividade sejam creditados aos mesmos. Durante o primeiro semestre, os participantes farão caminhadas controladas com sobrecarga e gradual aumento de velocidade e distância. No segundo semestre, serão incluídos o acompanhamento nutricional, e gradativamente, os exercícios de resistência (musculação).
Os resultados
Todos os participantes realizam avaliações periódicas, que incluem aptidão física, pressão arterial, circunferência da cintura e exames laboratoriais de colesterol total, LDL, HDL, triglicerídeos, glicemia de jejum e proteína C reativa, todos estes, fatores de risco da Síndrome Metabólica.
Os resultados se confirmam desde o início do projeto: “Os dados avaliados sobre o projeto em 2011, trouxeram resultados muito significativos principalmente no HDL, o colesterol bom, na diminuição do peso e da pressão dos participantes. Também tivemos resultados significativos quanto à diminuição do colesterol ruim, assim como no controle da glicemia”, afirma Daniela. A partir da análise dos resultados através da separação das atividades, espera-se ter uma maior compreensão sobre os métodos mais eficientes de lidar com a síndrome e, com isso, torná-los cada vez mais positivos.
As atividades do projeto ocorrem na segunda, quarta e sexta em dois horários, às 7h30min e a partir das 17h, na UFSM. Mais informações podem ser obtidas através do telefone 55 9961 4803, com a professora Daniela Lopes dos Santos.
Repórter:
Julia do Carmo – Acadêmica de jornalismo.
Edição:
Lucas Durr Missau.