A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) esteve representada, na última terça-feira (19), em dois seminários promovidos pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), em Brasília. Os pró-reitores Clayton Hillig (Prae) e Jerônimo Tybusch (Prograd) participaram de discussões sobre o Plano Nacional de Assistência Estudantil (PNAES) e o Sistema de Seleção Unificada (SiSU). Ambos os eventos tiveram como temática central a “democratização do acesso, permanência e êxito na universidade federal”. Já na quarta-feira (20), o reitor, professor Paulo Afonso Burmann, participou da reunião do Conselho Pleno da Andifes.
No primeiro seminário, foi apresentado um diagnóstico do Sisu e, em seguida, foram debatidas formas de aprimoramento do sistema. De acordo com o pró-reitor substituto de Graduação e coordenador de Planejamento Acadêmico, professor Jerônimo Tybusch, todas as falas no seminário foram unânimes em relação à importância do SiSU para a democratização do Ensino Superior. Os participantes, contudo, apontaram para a necessidade de aprimoramento administrativo e tecnológico do sistema através de uma comissão permanente. Tybusch explica que ainda existem dificuldades em relação aos cronogramas de matrículas e avaliação dos índices de evasão. Segundo o pró-reitor, as universidades vêm conseguindo preencher as vagas disponíveis, mas ainda não há uma análise mais profunda em relação aos índices de evasão, tendo em vista que a adesão ao sistema pelas universidades federais se tornou mais intensa somente a partir de 2014.
Já no segundo seminário, o debate se concentrou na análise de uma proposta apresentada pelo Fórum Nacional de Pró-reitores de Assuntos Comunitários e Estudantis (Fonaprace), para revisão da matriz de distribuição dos recursos do Plano Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes) entre as Instituições Federais de Ensino Superior. Segundo o pró-reitor de Assuntos Estudantis, professor Clayton Hillig, a UFSM vê com cautela a proposta que sugere que os recursos da assistência estudantil sejam distribuídos com base em um cálculo de vulnerabilidade social dos ingressantes, o que poderia prejudicar iniciativas que buscam assegurar, também, a permanência dos estudantes nas universidades. “Ao nosso ver isso pode colocar em risco aqueles sistemas de assistência estudantil consolidados, onde houve maior aplicação de recursos em equipamentos e infraestrutura de assistência, como é o caso da Universidade Federal de Santa Maria, em que nós temos a maior moradia estudantil do Brasil”, destaca Hillig.
A proposta apresentada pelo Fonaprace foi levada ao Conselho Pleno da Andifes, na quarta-feira. Os reitores presentes consideraram que o assunto deve ser melhor debatido e, por isso, o tema foi retirado da pauta do dia. Conforme Hillig, a gestão da UFSM considera que o momento político é inoportuno para a discussão da pauta e espera que hajam novos debates para que os recursos sejam distribuídos de forma a não prejudicar nenhuma universidade. “A nossa posição em relação à revisão da matriz de distribuição dos recursos é que haja uma catraca de segurança, para que não seja necessário tirar recursos da assistência estudantil de uma instituição para suprir as necessidades de outras”, salienta Hillig.
Fonte: Assessoria de Comunicação do Gabinete do Reitor