Neste dia 8 de março relembramos a luta das mulheres pela dignidade, pela conquista de espaços e pelo respeito humanizado. Historicamente, elas vem sendo silenciadas, estereotipadas, tolhidas em seus desejos e aspirações, em diferentes espaços e contextos, nas mais diversas gradações.
Saudamos os discursos de mulheres que ergueram e erguem sua voz, que seguem reverberando não só nos movimentos sociais, mas também na luta cotidiana da mulher por seu espaço na sociedade.
Há que exaltar o papel que a mulher exerce na liderança familiar, que vem estabelecendo um novo paradigma de equilíbrio onde o respeito, as responsabilidades e as decisões vem sendo compartilhadas por conta do debate e reflexões sobre o tema e que aos poucos vai ocupando mais espaço.
Há um longo caminho a trilhar para alcançar o equilíbrio no campo do trabalho, da representação política e administrativa e nos espaços sociais. Uma conjugação de esforços e uma mudança de cultura podem ajudar a percorrê-lo com responsabilidade e avanços importantes.
É necessário tais esforços atuem, ainda mais intensamente contra a violência doméstica, o assédio sexual e a discriminação de gênero, que vem punindo as mulheres da forma mais covarde e injusta. Mulheres vem sendo silenciadas por amarem demais, por acreditarem que podem mudar os comportamentos discriminatórios, ou violentadas pelo simples fato de serem mulheres. A cada duas horas, no Brasil, uma delas é vítima daquele que é o último degrau da violência de gênero: o feminicídio.
Que as interseccionalidades sejam motivo de orgulho e garantam em espaços como os da Universidade a pluralidade e a existência de diferentes visões, mas não sejam causa de segregação oriunda de qualquer tipo de associação identitária.
Uma sociedade justa, igualitária e inclusiva é o que garante sonharmos com novas conquistas, em um mundo em que mulheres e homens unam-se pelo futuro do planeta e a continuidade das novas gerações, a partir da educação.
“Precisamos unir e não segregar. A luta das mulheres é uma luta de todos, para que possamos construir a sociedade que sonhamos (Davis)”.
Em saudação especial pelo Dia Internacional da Mulher
Paulo Afonso Burmann e Luciano Schuch, reitor e vice-reitor da UFSM