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Vice-reitor realiza viagem de missão educacional à Índia



Entre os dias 28 de novembro e 6 de dezembro, o vice-reitor da UFSM, Dalvan José Reinert, participou da viagem de missão na área educacional à Índia, com o objetivo de prospectar novas parcerias visando o Programa Ciência sem Fronteiras para acolher bolsistas brasileiros e permitir maior contato com a comunidade acadêmica no Brasil. Integrada por representante do Ministério da Educação, reitores, vice-reitores e professores de diversas universidades brasileiras e pela chefe do DCE, a delegação cumpriu agenda visitando as principais instituições de ensino e pesquisa do país, nas cidades de Nova Delhi, Bangalore e Mumbai.

D.H. – Como funciona a política de internacionalização das Universidades?

D.R. – Dentro das universidades brasileiras, no sistema das instituições federais de ensino superior junto com o MEC e também da política do governo federal, está a internacionalização das universidades. Isso surgiu por várias razões. Boa parte dos países do mundo sentiu a necessidade de internacionalizar, formar parcerias em rede, incrementar produções e trocar experiências, já que a informação está altamente internacionalizada e ocorre de forma rápida. O governo brasileiro está com essa política, junto com o MEC e o Ministério das Relações Exteriores.

D.H. – Como são feitas as parcerias para realizar as viagens?

D.R. – A viagem à Índia fez parte da prospecção de parcerias internacionais, ou seja, de países parceiros internacionais do Brasil. A nossa viagem foi organizada pelo Grupo de Coimbra, um grupo que já reúne 56 universidades brasileiras e estrangeiras, junto com o Ministério das Relações Exteriores, através da conselheira Almerinda de Freitas Carvalho, e o MEC. Esse grupo fez uma chamada para todas as universidades brasileiras que estivessem interessadas em participar da missão e no fim houve a participação de nove universidades. Essa viagem foi feita tendo em vista o programa que o governo está fazendo chamado Ciência sem Fronteiras e também das parcerias com o Grupo de Coimbra. Mas há uma série de programas hoje que estão dando conta dessa política de internacionalização também.

D.H. – Quando foi lançado o Programa Ciência sem Fronteiras e como ele funciona?

D.R. – Esse programa foi lançado no dia 16 de dezembro e começou com a ideia de oferecer oportunidades para os estudantes brasileiros irem aos Estados Unidos, Alemanha, França e Inglaterra. Em seguida, surgiram oportunidades e também a oferta de outros países. Assim, os nossos pesquisadores e professores tiveram a oportunidade de mandar nossos estudantes não só para esses países que são tradicionais, mas para outros como a China, Índia, Canadá, Portugal, Espanha e muitos outros que também têm interesse de internacionalização e dessa troca de experiências com o Brasil. É um programa que o governo brasileiro está colocando à disposição por quatro anos e pretende mandar para o exterior 75 mil brasileiros, através de 75 mil bolsas em todos os níveis: graduação, pós-graduação e pesquisa. Se houver a contrapartida das empresas privadas serão em torno de 100 mil brasileiros que irão fazer mobilidade estudantil de graduação, doutorado sanduíche, doutorado pleno e parcerias de troca de professores e pesquisadores de vários países. É, portanto, um programa bastante ambicioso.

D.H. – Como foi a viagem à Índia e as visitas às instituições de ensino e pesquisa?

D.R. – Essa missão à Índia foi bastante interessante e as visitas foram organizadas pela Embaixada Brasileira de Nova Delhi e o Consulado de Mumbai. Nós visitamos cinco universidades, seis institutos indianos de pesquisa e tecnologia, um representante do governo e uma empresa em Bangalore, a Infosys, que nos ofereceu em torno de 50 a 100 estágios por ano na área de tecnologia e logística. Então, em oito dias, nós fizemos essas treze visitas onde sempre nos acompanhava o diretor do departamento de relações internacionais, ou o reitor, ou vice-reitor das instituições. Foram visitas bem organizadas e objetivas que duraram em torno de duas horas cada uma, e nós conseguíamos fazer cerca de duas a três visitas por dia, já que na Índia é difícil se locomover, pois o trânsito fica muito trancado. Como o Ciência sem Fronteiras tem o objetivo de estreitar as relações mais em algumas áreas estratégicas do que outras, se escolheu para visitas instituições de pesquisa em universidades que trabalham mais fortemente nessas áreas listadas pelo programa.

D.H. – Há interesse de bolsistas indianos virem ao Brasil e brasileiros irem à Índia? Ou essa parceria é um desafio?

D.R. – A Índia é um país emergente, mas que tem muitas diferenças em termos sociais. Lá, desde o ensino fundamental tudo é ensinado em inglês. Por isso, para o nosso estudante ir para lá é mais fácil, pois nós temos mais disposição ao inglês do que eles ao português. Mas há interesse sim. Nós tivemos vários indianos professores aqui na UFSM, e tem indianos pelo mundo todo. Um problema é que o sistema deles é muito competitivo. O Instituto Indiano de Tecnologia tem 14 campi no país e cerca de seis mil vagas. No total, são 650 a 700 mil estudantes por ano tentando entrar, já que o número de habitantes do país é muito grande. Então há uma pressão de seleção muito grande e a base do estudante que entra é muito forte, já que ele precisa estudar muito para vencer os outros candidatos. Por conta disso, as áreas básicas e tecnológicas da Índia, como física, matemática e biologia molecular, são muito avançadas, sendo um país que forma quase um milhão de engenheiros por ano. Além disso, há na história do país muitos indianos que saíram e retornaram para investir e hoje isso está tendo resultado.

 

Repórter:

Daniela Silva Huberty – Acadêmica de Jornalismo.

Edição:

Lucas Dürr Missau.

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